Coração de Jesus, coração da fé
Para que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus viva e faça viver, para que tenha vitalidade e seja fecundo, precisa de dizer adeus ao que nela deixou de ser expressão vital e caminho de fé neste nosso tempo.
Para que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus viva e faça viver, para que tenha vitalidade e seja fecundo, precisa de dizer adeus ao que nela deixou de ser expressão vital e caminho de fé neste nosso tempo.
A vida da Igreja, em génese permanente, vive da relação recíproca, por vezes tensional, entre Liberdade e Autoridade.
Não bastará o sacramento como lugar de absolvição da culpa, se não implicar o envolvimento na reparação da pena. Esta poderá implicar outras instâncias e competências, como a psicológica, psiquiátrica, e implicar responsabilidades civis.
Como é que a nossa humanidade comum se reconhece e se cultiva na memória do recebido, no investimento no porvir, na abertura ao que transcende, na confissão da finitude?
Sabemos que vão morrendo formas do passado – Igreja de estado e de poder, Igreja jurídica, Igreja sacral, Igreja burguesa – e ainda não vemos claro que outra forma deverá e poderá ir tomando no presente, de modo que tenha futuro.
O mistério da Encarnação implica-nos, pois, na atenção e na salvaguarda da força espiritual das nossas formas corporais e existenciais, linguísticas e culturais, lugares que são da presença do Verbo.
Para a sua plenitude nos dá passagem a morte. Entretanto, reconhecemos a graça maior e implica-nos a tarefa custosa de viver humanamente. Cada um e em conjunto, cultivamos a gratidão, a responsabilidade pela vida. É para viver que nascemos.
A Brotéria faz 120 anos. Ponto SJ reproduz hoje o editorial da edição especial, já disponível, onde o diretor da revista, P. José Frazão Correia, explica a missão de promover o diálogo entre a fé cristã e as culturas urbanas contemporâneas.
Se Guardini tem razão, é a viver, sem mais, que o jogo ensina. As crianças não precisam de aprender. Já sabem e nunca se cansam.
Será uma questão de tato, literalmente de ser tocados e de tocar, com a coragem, a inteligência e a paciência de quem se expõe ao Espírito a agir nos tempos e nos lugares, “o grande intérprete que conduz à verdade”.