O Centro Juvenil Padre Amadeu Pinto, obra dos jesuítas situada num dos bairros do Pragal, recebeu esta manhã a visita de Assunção Cristas. A presidente do CDS-PP, que já tinha manifestado interesse em conhecer esta obra que dá apoio a cerca de 100 crianças e jovens do bairro, passeou pelo bairro acompanhada pelo P. Gonçalo Machado, sj, diretor do centro, que explicou o trabalho de intervenção social que é aqui feito com as famílias há mais de 20 anos. Assunção Cristas visitou as duas instalações do centro juntamente com os deputados Ana Rita Bessa e Nuno Magalhães.
O Centro, inserido num bairro com inúmeras problemáticas sociais, acompanha crianças e jovens através do apoio ao estudo, da promoção do desporto e de atividades de lazer, como por exemplo campos de férias, além de acompanhar também, ainda que de modo informal, as suas famílias. Funciona como uma espécie de “segunda casa” para estes menores, explicou o P. Gonçalo, acrescentando que pretende ser uma alternativa à rua, espaço onde muitas crianças e jovens passam grande parte do tempo em que não estão na escola. Com um horário de funcionamento das 18.00 às 20.00, o centro não tem financiamento do Estado, recebendo apoios pontuais da autarquia, e assegurando a sua gestão com recurso ao mecenato de particulares e empresas. Grande parte das atividades são desenvolvidas por voluntários, muitos deles jovens.
Apesar de ter começado por ser um espaço ligado à paróquia de São Francisco Xavier de Caparica, confiada à Companhia de Jesus pela diocese de Setúbal, o Centro ganhou recentemente autonomia, tendo sido constituída uma associação com o mesmo nome que assumirá agora a gestão do espaço e dos projetos associados.
À saída deste encontro, onde pode escutar as principais preocupações de quem acompanha famílias em risco social, Assunção Cristas enalteceu o trabalho feito pelo Centro. “Vimos um conjunto de propostas para que os jovens brinquem em conjunto, trabalhem, façam os trabalhos de casa e progridam em conjunto. E para que possam através da melhoria do seu desempenho escolar chegar muito mais longe e romper barreiras de pobreza que, por vezes, se vão replicando”, afirmou a presidente do CDS aos jornalistas.
Ao Ponto SJ, Cristas diz ter ficado com “a melhor das impressões” sobre este projeto. “Estou verdadeiramente feliz por ver este trabalho dos jesuítas no Pragal pois mostra a diferença. É levado a cabo com uma receita que por vezes não é seguida nem sequer reconhecida pelo Estado, – uma receita vencedora – que é envolver as comunidades, trabalhando apoiado no voluntariado e acreditando que é possível retirar a pobreza destas comunidades. Isso faz-se estudando para que possam ter melhor sucesso nos estudos, ter uma melhor formação humana, para que possam ter experiências de felicidade que acumulam e que vão ser faróis ao longo da vida”.
