P. Frans van der Lugt: uma inspiração para a Síria

Em Homs, cidade onde o jesuíta holandês foi assassinado há cinco anos, está o português P. Gonçalo Castro Fonseca. Neste vídeo fala-nos da esperança em relação ao futuro e do legado que o jesuíta deixou.

O P. Gonçalo Castro Fonseca está em missão em Damasco, na Síria, há um ano e meio, onde trabalha junto de uma população sofrida e marcada pela guerra. Mas está por estes dias em Homs, cidade síria onde foi assassinado há cinco anos um jesuíta holandês, uma pessoa altamente respeitada e reconhecida entre cristãos e muçulmanos e que desempenhou um papel importante na altura em que a cidade foi cercada pelas tropas, em plena guerra. O P. Frans van der Lugt sj foi morto a tiro em casa, por alguém que bateu à sua porta, e enterrado pelos vizinhos no mesmo jardim onde morreu. Será homenageado no domingo neste local, numa celebração que contará com a presença do Superior-geral dos Jesuítas, P. Arturo Sosa, e também do provincial dos jesuítas portugueses, P. José Frazão Correia, sj, de visita à região.

De visita à comunidade dos jesuítas de Homs, o P. Gonçalo explica o significado desta homenagem, cujo memorial está no jardim da casa, e fala de um testemunho forte e profundo que inspira quem está hoje a trabalhar no terreno. “Muito mais do que as circunstâncias da sua morte, a sua vida e o que deixou para esta comunidade, para os jesuítas e para a Síria, não se pode medir”, afirma o P. Gonçalo neste vídeo gravado para o Ponto SJ. “Foi um homem que construiu pontes entre várias fronteiras, de religião, civis”, realça o jesuíta português, e que, por isso, inspira os passos para o futuro. “Vamos em frente”, costumava dizer.

Atualmente, o P. Gonçalo é Diretor-Adjunto do Serviço Jesuíta aos Refugiados da Síria. Foi para Damasco no verão de 2017 e já passou por diferentes experiências. No verão passado, de passagem por Lisboa, deu uma entrevista ao Ponto SJ, juntamente com o P. Fouad Nakhaleh, da sua comunidade, em que ambos partilharam como se vive a esperança num contexto marcado pela guerra e o sofrimento.

Mais recentemente, escreveu um artigo em que deu a conhecer aos nossos leitores como se processou a vinda de um jovem sírio para Portugal onde irá frequentar o Ensino Superior.