O Evangelho deste III Domingo da Quaresma leva-nos até um poço, até um lugar onde Jesus, cansado da viagem, descansa e recupera forças (Jo 4, 5-42). E aí dá-se o encontro com a Samaritana e brota um diálogo sobre poços, nascentes de água viva e a chegada do Messias.
Jesus está cansado e sentado à beira de um poço, e diz-nos que a água que sacia a sede não virá daquele poço. Porque estará Ele sentado à beira daquele poço? Porque está cansado da nossa insistência em querer suprir as nossas sedes de eternidade com o que é perecível. Jesus está sentado ao pé do poço para encontrar-se connosco, não para beber daquela água.
O poço é um profundo buraco na terra, escuro. E nesta passagem de São João, poderá ser símbolo do abismo do nosso pecado, do nosso desamor, da disfuncionalidade do mundo. E é aí que Cristo se mostra presente, nos nossos abismos, para nos resgatar dos nossos enganos, para nos mostrar o dom de Deus, para que, em lugar de sermos feridas sedentas, nos tornemos em fontes de água viva.
Alimentemos o desejo de sermos nascentes de água viva uns para os outros.
Uma santa Quaresma! E que o Senhor nos abençoe!
Leitura: Evangelho de S. João 4, 5-42
Pontos de oração:
Acreditamos que Jesus vai mesmo estar nos nossos poços?
Quais são os lugares onde eu vou à procura de um contentamento passageiro?
Como posso viver de maneira a ser uma nascente para os outros?
Desafio desta semana: Encontrar uma imagem que gosto e colocá-la num lugar visível para me recordar dos meus poços e que Jesus está perto deles.
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