No primeiro fim de semana de dezembro decorreu na Casa da Torre, em Soutelo, o primeiro Simpósio de Espiritualidade Inaciana que juntou mais de 120 pessoas. O tema foi a Santidade e a Missão Partilhada entre leigos e consagrados.
O que se viu, ouviu e aprofundou foi de grande qualidade.
Recorde-se que os temas das conferências principais foram: “O Profano como Missão”, pelo P. Nuno Tovar de Lemos, sj; “Os Fundamentos Inacianos para uma Santidade Prática”, por Assunção Siqueira de Carvalho; “A Redenção do Mundo”, pelo P. Carlos Carneiro, sj e “A Missão Eucarística da Missão Partilhada”, pelo P. Manuel Cardoso, sj, feita online, dados os seus compromissos académicos em Paris.
O Simpósio contou com dois painéis muito diversificados. No primeiro painel, foram recebidos quatro testemunhos de boas práticas inacianas acerca da oração, do discernimento e do acompanhamento espiritual. No segundo painel partilharam-se diversos sonhos para Igreja do futuro, com propostas concretas para reinventar a Igreja de sempre, sempre em transformação, pela força do Espírito.
Parte da tarde de sábado foi passada, com imenso agrado, entre as quatro Oficinas de Trabalho que procuraram, através de convidados experimentados em diversas áreas do saber e na participação da vida da Igreja, responder a fortes interpelações, condensadas nas seguintes questões: 1. Para que serve uma Igreja sem sal? 2. A Igreja está acordada ou a viver em negação? 3. A Igreja intemporal sabe adaptar-se ao nosso tempo? 4. É possível estar bem com o mundo sem ser do mundo?
Nota muito positiva vai também para a conversa – entrevista com o Arcebispo de Braga, sobre o estado da Igreja atual, realizada no fim do dia de sábado, e para a síntese surpresa do P. Miguel Almeida, sj, Provincial, sobre a liberdade e a santidade, feita para encerrar o Simpósio, no fim da manhã de domingo, antes da celebração da Eucaristia, onde se fez memória do dia de S. Francisco Xavier.
O Simpósio foi uma experiência de crescimento espiritual muito apreciada por todos, assim como o modo como a Casa da Torre preparou e acolheu, nalguns dos seus espaços renovados, todos os participantes, que não partiram sem formular o desejo de ver todas as intervenções publicadas.