Testemunho de Ana e António Sarmento (Peregrinos Círculo Xavier Porto)

Entre 1 e 5 de Março, dias de Carnaval, fomos a Loyola e Xavier. Partimos da capela do Creu, um grupo de cerca de 52 pessoas, numa peregrinação organizada pelo Círculo Xavier e Helena de Troia viagens, orientada pelo Padre Carlos Carneiro. Chegamos um só!

A viagem correu muitíssimo bem em todos os sentidos. O grupo funcionou realmente como um conjunto de pessoas em comunhão, sintonia e partilha, quer nos momentos de oração, quer nos culturais, quer nos de diversão, mantendo as pessoas a sua individualidade. Quase que diríamos que foi um fenómeno em que, havendo naturalmente diversidade, todos pareciam sentir-se integrados, acompanhados. Até o motorista, o Sr. Carlos, tomou algumas refeições com o grupo e participou nalguns momentos de reflexão e oração. Muito deste “fenómeno” decorreu da boa disposição do Padre Carlos, ótimo conversador e sempre atento a todos.

Os lugares que visitamos e onde rezamos, especialmente o Santuário de Loyola, e o castelo de Xavier, muito pela integração na história dos lugares e da vida dos dois Santos feita pelo Padre Carlos, ajudaram-nos imenso a melhor viver os momentos de oração.

Em Loyola, encontramos outros grupos de peregrinos portugueses, uma peregrinação de jovens e Animadores GVX do CREU e do CUMN acompanhados pelo P. Pedro Cameira e P. Duarte Rosado e outro grupo de jovens e seniores ligados ao Colégio de S. João de Brito, de Lisboa, acompanhados pelos P. Carlos Carvalho e P. António Santana. Tivemos um momento de oração em conjunto muito simples mas muito significativo.

Na segunda-feira dia 4, após um período matinal de visita ao castelo, de deserto e oração e ainda missa na belíssima igreja onde S. Francisco Xavier foi batizado, tivemos uma tarde cultural em Pamplona. Uma guia encantadora chamada Maria mostrou-nos a catedral e, depois, as ruas da cidade onde acontece a famosa festa de S. Firmino e a largada de touros.  No último dia, antes da partida, juntámo-nos brevemente para a oração da manhã . Nessa altura foi entregue a cada peregrino uma medalha de S. Francisco Xavier com uma bênção do P. Carlos que nunca esqueceremos dizendo: “Em Deus a Esperança não engana. Para Deus sobe-se descendo.”

E entramos na camioneta de malas e bagagens a caminho de Burgos. A visita à catedral de Burgos mais pareceu a visita apressada a vinte igrejas magníficas, belíssimas. Muito ficou por ver! É para voltar.De volta ao Porto, debaixo de uma carga de água, bendita água que rega os campos,  mas não nos molhou durante a peregrinação! Até isso correu bem! Dias cheios de maravilhas que permanecem no nosso coração!

Obrigado a todos os peregrinos! Obrigado Círculo Xavier e Helena de Troia viagens! Obrigado Padre Carlos! Obrigado Senhor!

Ana e António Sarmento (Peregrinos Círculo Xavier Porto)

Testemunho de Albina Filomena Rocha (Peregrina Circulo Xavier Porto)

O Espírito de Deus esteve em todos nós! Aprendemos que o Seu espírito continua em nós, bastando para isso que façamos o silêncio necessário de modo a podermos acolhê-Lo.

Visitar a Casa de s. Inácio em Loyola apresentada pelo P. Carlos e conhecer os seus segredos e histórias foi inesquecível. Foi muito bom estar por perto das experiências de vida de Santo Inácio e saber que cresceu ao cuidado de sua cunhada Madalena, que estava marcado pela “ambição”e forte carácter dos Loyolas, tomando parte nas guerras feudais com valentia e vaidades acumuladas. O facto de ter sido ferido numa perna obrigando-o a ficar parado fisicamente, teria proporcionado o silêncio necessário que o levou a momentos de desolação e consolação, ao discernimento espiritual e a dedicar toda a sua vida a imitar Jesus. Chegou a muitas geografias, convertendo-se continuamente, pois como disse ele “ a conversão é um processo inacabado e em transformação”. Homem de grandes viagens interiores, cada vez mais pobre de si para encher-se de Deus e dar Deus.

No lugar de batismo de Inácio celebrámos também o nosso. Tornou-se o nosso lugar de conversão, de encontro com Jesus e com cada um de nós, de oração e reconhecimento da nossa fragilidade. Rezámos o que somos, e isso foi muito bom!

Em Xavier fomos surpreendidos por aquela imagem tão maravilhosa de Alguém que sorri! Não só através dos seus lábios mas dos seus olhos, do seu abraço. Todo Ele é dádiva, todo Ele é amor. É o nosso Cristo Sorriso! “Olho-Te com espanto, e Tu, olhas-me com tal atitude, que me desconcerta! Dizes-me que todo o sofrimento e todas as dificuldades e todas as injustiças têm sempre ocasião de perdão!”

S Francisco Xavier, e também outros peregrinos e missionários, é o resultado do que Jesus Cristo fez e faz por nós, em nós e connosco, basta querermos. Eles quiseram. Pertencendo a uma família “nobre” deixa-a, e vai para Paris juntando-se ao seu queridíssimo amigo Pedro Fabro. Vivem na completa pobreza material, deixando que Deus trabalhe neles. Francisco Xavier deixou marcas de entrega total e amor. Ele foi, como Cristo, a dor e a alegria em tantas partes do mundo. A sua vontade incontrolável de fazer, ensinando o Evangelho na Universidade ou nos mares dos Descobrimentos ao serviço de Portugal, só pode ter acontecido por Graça e Espírito Santo.

Estes dias permitiram que olhássemos as nossas vidas com muita alegria, com esperança de encontrar o lugar do Senhor que nos liberta e dá futuro. Agradecemos a amizade de cada um que nos ajuda a cuidar da casa comum.

Também nos rimos muito e disfrutámos da diversão do carnaval, com disfarces e adereços, qual deles o melhor!

Círculo Xavier, muito obrigado! Querido Padre Carlos Carneiro, ofereceu-nos tanto! Muito, muito obrigado!

Na fotografia principal desta notícia, o Grupo do Círculo Xavier, juntamente com elementos das GVX e alguns pais do Colégio São João de Brito, em Lisboa.