A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) – cuja coordenação foi recentemente assumida pelo JRS (Serviço Jesuíta aos Refugiados) – solicitou hoje uma reunião de urgência com o Alto Comissariado para as Migrações (ACM), o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e a Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade, para que sejam retomadas as reuniões do Grupo de Trabalho Interministerial com as entidades envolvidas no processo de integração de refugiados em Portugal.
Na sequência dos acontecimentos recentes relativamente aos cortes de eletricidade e água a três famílias de refugiados sírios em Miranda do Corvo, e considerando que:
i) esta não é uma situação isolada;
ii) é urgente encontrar soluções coerentes e integradas que não se limitem à emergência caso-a-caso, mas assegurem a articulação dos agentes envolvidos sob as mesmas pautas de ação, sob pena de se criar um problema maior de desigualdade e dispersão de esforços;
iii) desde dezembro de 2017 que não são organizadas reuniões interministeriais de articulação de respostas entre as entidades envolvidas na integração de refugiados; e
iv) a gravidade e extrema urgência da situação;
A PAR continua a reiterar a necessidade de se uniformizar e rever o modelo de integração de refugiados em Portugal, retomando as reuniões do Grupo Interministerial criado para articular as respostas das entidades públicas e privadas envolvidas e definir um plano de ação para este processo.