No dia  27 de setembro, tomou posse como diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FFCS) da Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Braga, o P. José Manuel Martins Lopes, SJ, que até agora acumulava as funções de Diretor Adjunto da FFCS e Diretor Geral do Colégio da Caldinhas. Integram a nova direção os Padres Álvaro Balsas, SJ e Bruno Nobre, SJ, ambos professores de Filosofia, e também os Professores Alexandra Esteves, João Amadeu Silva e Paulo Dias.

A sessão em que foi empossado o novo Diretor da FFCS decorreu na Aula Magna e contou com a presença da Reitora da UCP, Professora Isabel Capeloa Gil, do Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga e do Provincial da PPCJ e Vice-Chanceler Delegado da FFCS. No seu discurso, a Reitora saudou a forma como decorreu o processo de fusão da Faculdade de Filosofia com a Faculdade de Ciências Sociais e desafiou a nova direção a empreender uma renovação do projeto da FFCS, valorizando a qualificação do corpo docente e robustecendo a atividade de investigação. De acordo com a Reitora da UCP, a FFCS, com a sua sólida tradição filosófica e humanística, está posicionada de forma ideal para responder aos desafios do tempo presente. Agradeceu, ainda, o compromisso da Companhia de Jesus com a FFCS e saudou a presença significativa de Jesuítas na constituição da nova Direção.

No seu discurso de tomada de posse, o P. José Lopes sublinhou a necessidade de valorizar e promover a identidade Católica e Inaciana da Faculdade. «Formar muitas unidades o fazem», afirmou o P. José Lopes. «Todavia, educar é ir muito mais além. É aqui que a UCP tem de se diferenciar porque a sua luz é encontrada nos valores do Evangelho. Há ‘rankings’ quantificáveis para o saber, mas não para a sabedoria, para o crescimento que o aluno faz ao nível do coração. Se uma instituição universitária não educar para além da razão, pode fazer mais mal do que bem», sublinhou. Esboçando uma linha estratégica para o futuro da FFCS, o P. José Lopes apontou a necessidade de investir na Filosofia como área privilegiada para promover a interdisciplinaridade e uma leitura crítica dos desafios do nosso tempo. Por outro lado, a FFCS deverá arriscar a incursão em novas áreas do saber, diversificando a oferta formativa e procurando ir ao encontro das necessidades da sociedade. Ao mesmo tempo que realçou a rica tradição da FFCS, o P. José Lopes lamentou a falta de apoio do Estado a quem que presta um serviço público não estatal, o que deixa muitas instituições à beira da asfixia financeira.

Há ‘rankings’ quantificáveis para o saber, mas não para a sabedoria, para o crescimento que o aluno faz ao nível do coração. Se uma instituição universitária não educar para além da razão, pode fazer mais mal do que bem

A sessão foi encerrada por D. Jorge Ortiga. Na sua intervenção o Arcebispo de Braga lembrou que estamos perante um mundo novo, cujos desafios exigem uma resposta nova e criativa, numa colaboração estreita entre a Igreja e a sociedade civil.

O P. José Lopes sucede como Diretor da FFCS ao Professor Miguel Gonçalves, que dirigiu a instituição ao longos dos últimos sete anos, liderando o processo de fusão da Faculdade de Filosofia e da Faculdade de Ciências Sociais.