O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) Portugal inaugurou hoje, Dia Mundial do Refugiado, o seu novo Centro de Acolhimento, criado em parceria com os Salesianos, em Vendas Novas. O centro tem capacidade para acolher entre 80 adultos e 120 pessoas (famílias com crianças) e prestará apoio social e psicológico, orientação cultural, formação e orientação profissional, aprendizagem da língua portuguesa, apoio legal e todos os serviços necessários para o acesso a bens e serviços básicos. Este centro vem reforçar a capacidade de acolhimento do JRS e, consequentemente, do Estado português, e tem como objetivo, a médio prazo, acolher pessoas refugiadas que necessitem de proteção internacional, realizar diagnósticos psicossociais, identificar perfis e necessidades e capacitar para a autonomia e integração em Portugal, em várias cidades do país.
“Sabemos o impacto e a importância do espaço físico no bem-estar das pessoas que os habitam, e queremos que o Centro de Vendas Novas seja um novo começo positivo e estabilizador. A criação deste Centro é fruto de um financiamento comunitário, mas sobretudo de uma visão estratégica da Igreja em parceria com o Estado Português, alinhada com a missão que Pedro Arrupe definiu para o JRS”, refere o diretor do JRS, André Costa Jorge, acrescentando: “A criação deste centro não é um projeto individual, nem tampouco isolado, pretendendo ao invés integrar-se plenamente na comunidade local de Vendas Novas. A colaboração estreita com a Câmara Municipal e o envolvimento da comunidade são, por isso, fundamentais para garantir a integração do próprio Centro na comunidade.”
Entre as necessidades conhecidas, encontram-se requerentes de asilo espontâneos em Portugal, pessoas refugiadas da Síria que vivem em campos de refugiados e condições precárias em países de trânsito, pessoas resgatadas pelos barcos humanitários no Mediterrâneo, afegãos que tiveram de fugir do país e menores refugiados não acompanhados.
O centro aguarda agora a aprovação do projeto de acolhimento que permita assegurar a contratação da equipa e o financiamento dos custos de funcionamento. Entre as necessidades conhecidas, encontram-se requerentes de asilo espontâneos em Portugal, pessoas refugiadas da Síria que vivem em campos de refugiados e condições precárias em países de trânsito, pessoas resgatadas pelos barcos humanitários no Mediterrâneo, afegãos que tiveram de fugir do país e menores refugiados não acompanhados. O centro estará ainda preparado para responder a novas necessidades humanitárias que possam surgir, como as dos palestinianos ou de outras vítimas de conflitos armados, guerras, perseguições ou perigo de vida, em qualquer parte do mundo.
Os principais desafios do trabalho de acolhimento e integração das pessoas refugiadas em Portugal incluem o mercado de habitação para alavancar processos de autonomia, a gestão de vários idiomas e culturas diferentes, a dependência de financiamento para o funcionamento do centro, e a sensibilização da comunidade local.
Fotografias: Agência Ecclesia/HM