A igreja da paróquia jesuíta de São Francisco Xavier e de São Luís Gonzaga, no bairro da Ventilla, em Madrid, revelou-se pequena para as largas centenas de pessoas que se juntaram para participar na ordenação de oito jesuítas, provenientes da Indonésia, Timor, Espanha e Portugal. Entre eles, estava o jesuíta português Francisco Cortês Ferreira. Da província portuguesa, para além do Provincial, P. José Frazão, e do delegado para a formação, P. Miguel Almeida, estavam ainda alguns jesuítas que trabalham nos colégios, o P. Pedro Cameira e o P. João de Brito, que foram padrinhos de dois dos novos diáconos.
O grupo de portugueses presente era, de facto, bastante significativo, não só pelos jesuítas e a família e amigos do Francisco, mas também porque várias pessoas do Porto quiseram acompanhar a ordenação do Isaías Caldas, jesuíta de Timor que fez o magistério naquela cidade entre 2014 e 2017.
Na homilia, o cardeal-arcebispo de Madrid, D. Carlos Osoro, sublinhou que, no Evangelho, Jesus não diz para levar o sal ao mundo, mas para nós próprios sermos sal no mundo. Este mesmo repto foi recuperado pelo Francisco na sua primeira homilia, no dia seguinte, numa missa presidida pelo P. José Frazão.
O Francisco nasceu em Coimbra em 1986, mas cedo se mudou para Famalicão, tendo frequentado o Colégio das Caldinhas. Começou os estudos universitários em Medicina Dentária e entrou no noviciado, em Coimbra, em 2009. Após licenciatura em Filosofia em Braga partiu para Timor-Leste, onde esteve durante dois anos e meio a fazer o magistério, ensinando no Colégio Santo Inácio, em Díli. Está desde 2017 em Madrid a viver numa comunidade internacional e a fazer a licenciatura em Teologia, na Universidade de Comillas.