Alegra-te, Gambozino! Foste encontrado!

Alegra-te, Gambozino! Foste encontrado!

Querido Gambozino (quem quer que sejas),

Não sei se já tive a Alegria de te encontrar! Diz-me tu, caso estejas a ler isto : )

Mesmo que já nos conheçamos, acho que nunca te cheguei a contar que, ainda antes de conhecer os Gambozinos, já andava “à caça” de uns animais lendários, com o mesmo nome que nós. O meu avô dava-me a mão e passávamos tardes de domingo à procura deles, num monte perto de casa, em Barcelos. Devo dizer-te que são criaturas complicadas… nunca se deixam encontrar: vivem escondidos, isolados, adormecidos; ou então desatam a correr e ninguém os apanha.

Mas nós somos de uma espécie diferente…certo? Vá, pelo menos temos Alguém que persevera mais do que eu nestas buscas (as minhas tardes de domingo já não são o que eram). Devo admitir, temos O mais criativo Pescador de Gambozinos de todos os tempos à nossa procura. Por mais que nos afastemos, quando menos esperamos ou planeamos, lá vem Ele de surpresa. Conhece todos os nossos esconderijos (a preguiça, o desânimo, o stress, o orgulho, a autossuficiência…). Chama cada um e, se permitirmos, reencontra-nos sempre! Mas é preciso que o permitamos, porque Ele nunca se vai impor. Sabe que só O podemos amar se formos livres. E digo-te: não há Alegria mais verdadeira e duradoura do que aquela que nos inunda quando se dá este encontro, no íntimo do nosso ser. É algo que se vive e que se explica muito mal.  Contudo, recentemente, uma amiga minha conseguiu encontrar quem o conseguisse expressar por aproximação: é algo parecido com “o instante em que a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade. O instante de mergulhar no Amor infinito, no qual o tempo já não existe. Este instante é a vida em sentido pleno, no qual somos simplesmente inundados pela alegria”. Assim o exprime Jesus, “ Eu hei-de ver-vos de novo; e o vosso coração alegrar-se-á e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria” (Jo 16,22).  A partir deste instante, Gambozino, não há volta a dar. Por mais que fujas ou te tornes insensível à sua presença, foste encontrado! E Ele volta sempre.

Nem sempre se faz sentir com a intensidade que às vezes a alma deseja, nem tem respostas ou consolações prontas para nos dar no momento exato em que queremos. Passado algum tempo deste encontro, apercebi-me que é normal enfrentar a “sede” e que o olhar fique turvado. É possível até duvidar se aquilo que se viveu interiormente não passe tudo de uma ilusão, de sentimentalismo. Talvez percebas o que digo. Lembras-te daquele campo em que foste tão feliz? Agora contrasta com a distância do regresso à “vida real” e com o cansaço e dificuldades que nela tenhas enfrentado.  É aí que somos chamados a “permanecer no deserto, sem tomar atalhos”. Permanecer com Ele (na sua palavra, nos sacramentos, na oração e no serviço). Aí teremos a oportunidade de, num salto de fé, amar Quem nos amou e ama primeiro.

Sabes? Tive a graça de ser consolada quando descobri que a própria Madre Teresa de Calcutá enfrentou este “Silêncio de Deus” por mais de 50 anos, sem sentir a Sua presença ou ouvir a Sua voz. E, no entanto, por Amor, permaneceu, na fé e na missão que lhe foi confiada. Deu a vida, mesmo sem O sentir durante tanto tempo… e, paradoxalmente, Levou-O ao encontro de tantos. Foi “luz” no mundo. Já olhaste bem para ela? Para o seu sorriso? Para as suas obras? É desta Alegria que falo.

É a partir deste encontro que somos escolhidos e enviados. É neste instante que brota a missão dos Gambozinos e de todos os cristãos. Afinal, “a alegria é missionária. Não é para ficar numa pessoa, mas para levar algo”. Leva-nos a sair de nós mesmos. Imagino que já a possas ter experimentado. Como foi? Lembras-te? Se sim, repito a pergunta que nos foi feita nas JMJ: “vais guardá-la para ti ou vais levá-la aos outros? Que pensas fazer?”.

Lisete Miranda

A Alegria do Sim

A Alegria do Sim

Nota prévia:
Quando a Ginjinha (a chefe da redação do Jornal dos Gambozinos) me ligou a pedir um artigo para o dia seguinte, apeteceu-me, claro, mandá-la passear. Acontece que, quando ela me disse qual seria o tema do artigo, perdi logo a lata…
O tema era o Sim. Melhor: a alegria que vem com o Sim.
(irónico… pois)
Não sei se este era verdadeiramente o tema que estava pensado ou se foi tudo um logro, por parte da Ginjinha, para me convencer a aceitar, mas aceitei a provocação. Afinal de contas, era preciso ser muito Grinch para me recusar a escrever um artigo sobre “A Alegria do Sim”.

 

A Alegria do Sim

Qualquer Sim é antecedido, ora de uma pergunta, ora de um convite. Vamos focar neste segundo cenário: do Sim ao convite.

Há dois momentos de alegria distintos que vêm com cada Sim:

Num primeiro momento, sentimos a alegria de ser convidados. Desde logo, porque qualquer convite é, de certa forma, uma lisonja: significa que alguém acha que somos a pessoa certa para alguma coisa (o que é fixe).
A alegria do convite é a alegria de quem se sente desejado. Há sempre algumas borboletas que começam a circular na barriga quando somos convidados para alguma coisa. Uma borboleta tímida, se formos convidados para uma tarefa banal (“ao menos lembraram-se de mim”), duas ou três, se for um convite para um café com amigos, ou todo um panapaná [PT/BR: bando de borboletas] se o plano for, numa noite de cinema, partilhar um filme com aquela rapariga por quem estamos perdidamente apaixonados.

Há, depois, um segundo momento de alegria:
Quando percebemos que queremos e, antes sequer de dizermos que Sim, já nos inundou a alegria que vem de imaginar o que aquele sim trará: o desenrolar da aventura para o qual se foi convidado. Se, numa primeira fase, estamos felizes por, muito simplesmente, termos sido convidados, logo se segue uma alegria maior, que nasce da antecipação daquilo que se irá viver.
São momentos, mais prolongados ou mais fugazes, em que conseguimos prever o futuro: em que nos vemos com os amigos com quem não estávamos há tanto tempo ou em que quase nos sentimos a dar a mão à pessoa ao nosso lado quando começam a rolar, no ecrã escuro, os créditos finais.

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Ainda nada aconteceu. Ainda nem dissemos que sim. Mas já sentimos, por uma qualquer magia, uma quota-parte da felicidade que o futuro nos reserva.

Mas porquê dizer que sim?
Estamos nós perfeitamente satisfeitos na nossa vidinha e, sem motivo aparente, alguém nos oferece um presente: um convite.
Mas, bolas!, fomos apanhados de surpresa e não temos nada para lhe dar… O Sim é, muito convenientemente, o presente que se pode sempre dar a quem nos oferece um convite.
Não temos de dar um Sim, mas este vem mesmo a calhar….

O problema é que o Sim dá-se, mas, quando caímos em nós mesmos e percebemos que não o devíamos ter dado, é difícil recuperá-lo.
É tenso.
Ninguém gosta de quem falta ao compromisso. Daquele tipo que fica tantas vezes “debaixo de água” que mais valia arranjar um submarino. É preciso ser muito cuidadoso com os Sins que se dá, sob pena de ficar sem stock. Como numa das melhores passagens do Senhor dos Anéis: “like butter scraped over too much bread”.

O Não é uma chatice, embora seja muitas vezes a resposta certa. É uma palavra rude, demasiado redonda, que grita “confronto!”: é o desenhar de um limite, por vezes uma ofensa e, tantas vezes, o prelúdio de uma revolução.
Ainda assim, é o Sim que, muito sorrateiramente, costuma trazer as loucuras que mais se prolongam no tempo. O Sim marca o início de qualquer contrato, salto, aventura, trabalho, ideia posta na prática, de qualquer namoro ou casamento.

(estes dois últimos, claramente, os Sins mais arriscados… com o dia 14 aí à porta é preciso dizê-lo com franqueza)

E há muitos tipos de “Sim”.
Há o Sim eufórico, o Sim de mártir (de quem sabe o que aquilo lhe vai custar e faz questão de o dar a entender), o Sim de quem claramente não percebeu a questão, o Sim apaixonado, entre muitos outros…
Para além disto, há muitos convites que, na prática, não precisam de um “Sim” para ficarem firmados. Muitas vezes basta acordar, ouvir, deixar crescer…
basta um sinal, um gesto
ou um beijo.

Miguel Santos

Somos convidados a redescobrir o valor da espera

Somos convidados a redescobrir o valor da espera

Vivemos na cultura do instante e da pressa, do fazer rápido, a despachar, no menor tempo possível.

A azáfama dos dias de hoje parece muitas vezes dificultar uma postura tranquila sobre esperar. Talvez seja por isso que este conceito – que parece nos ser sempre imposto – é sempre visto como negativo e quase inútil, apesar de poder não ser.

O Advento que agora começa, convida-nos a isso mesmo: a esperar a vinda de Jesus, que vem ao Mundo, pequeno, frágil e pobre. Não escolhendo nascer num grande palácio, ou com grandes posses, mas num simples estábulo. No entanto, a espera pelo Menino não começa poucos dias antes.

“Esperar é sempre um movimento que parte de algo que já existe, para algo mais que se afigura”.

O convite parte de algo que já existe anteriormente e que nos vai movendo interiormente. Ajuda pensar que com Jesus não são necessárias provas físicas ou certezas para que a Missão ganhe forma ou sentido. Uma vez que o convite é feito, é Jesus quem nos leva com moções interiores.

Quando olhamos para a vida de Maria, conseguimos ver que também Nossa Senhora foi convidada a esperar. Depois do Anjo Gabriel lhe ter anunciado a Missão que lhe tinha sido confiada por Deus e Maria ter dito o seu “SIM”, Jesus não nasceu de imediato, aparecendo nos seus braços. No entanto, Maria não ficou simplesmente sentada à espera. Em vez disso, levantou-se e partiu apressadamente até casa da sua prima Isabel.

Também nós à semelhança de Maria e tantas outras personagens bíblicas, somos convidados diariamente a esperar. A vivência da espera é que se revela determinante. Não escolhamos permanecer sentados a esperar as nossas grandes Alegrias, mas guardemos este tempo para esperar o Senhor e os Seus convites, continuando a viver o nosso dia-a-dia e tornando o Seu Amor concreto.

A diferença estará nisto mesmo: em querermos viver uma espera ativa, em vez de passiva: que se põe a caminho e vai ao encontro, procurando a mão do Senhor nos passos que vamos dando e deixando que Ele Se manifeste pela Sua vontade, não pela nossa.

Neste tempo que agora começa, somos convidados a redescobrir o valor da espera.

Maria Mendonça

 

Sonhar em conjunto

Sonhar em conjunto

O sonho é esta palavra quase mágica que representa uma linguagem universal mas, na verdade, não há nada mais pessoal do que um sonho. Isto porque um sonho é mais que uma simples vontade ou desejo: um sonho é mais um caminho que um momento. Um sonho não é algo para agora ou para amanhã.

Este sonho, que para todos tem moldes e formas diferentes (podendo passar por palavras, imagens e ideias e que faz parte de cada um), nada tem de imediato – e não há problema.

O tempo não é um obstáculo ao sonho, não é “o que falta para lá chegar”, mas sim o que mais ajuda a encontrá-lo. Tal como num caminho, o sonho vem com o cansaço que é parte de todo o esforço e trabalho investido. Tal como numa estrada percorrida, o sonho vem com os seus atalhos, com os seus mistérios, com as mudanças de rumo, com os obstáculos (claro) e com os que caminham ao meu lado.

O sonho vem também com Deus, que me deu este tempo para construir o meu sonho com Ele. O tempo não é um embaraço, não é mais um entrave… É antes a oportunidade de ir observando tudo isto e de ir moldando o meu caminho para que o meu sonho se aproxime mais daquele que é o Nosso sonho, aquele que sonhei com Ele.

Nós não temos de construir um sonho sozinhos e a verdade é que nem sempre este caminho é como o idealizámos… Nem sempre sabemos o que procurar quando escolhemos sonhar em conjunto!

Estamos agora a chegar ao Natal e encontramos em Maria um exemplo de quem sonha em conjunto! Maria não pensou que o seu sonho fosse o de se tornar a Mãe do menino Jesus, este menino que veio para nos salvar, mas é isto que é sonhar em conjunto! É ter Deus comigo, a dar forma e tempo ao meu sonho, e a lembrar-me de que, como eu sonho com Ele, Ele também sonha comigo!

Inês Botelho

Esperar a sonhar o sonho dos Gambozinos

Esperar a sonhar o sonho dos Gambozinos

De certeza que quem está a ler este texto já ouviu a palavra vocação e, se for alguém que já fez campos de férias, certamente que já teve um momento de campo em que o tema eram as vocações e “qual será a minha vocação?”. Não quero então alongar-me sobre o que se entende por vocação – para isso há quem saiba muito mais do que eu – e por isso deixo a interpretação do que é uma vocação para quem perceber verdadeiramente disso. Contudo, tenho de escrever este texto que toca no tema da vocação e, por isso, dos vários significados que se podem fazer desta palavra. Aquele que quero realçar é a vocação como um chamamento, no fundo uma vocação é algo a que nos sentimos chamados.

E então e os Gambozinos? Ao contrário do tema da vocação, sobre os Gambozinos (e peço desculpa se isto parece arrogante), já me sinto com mais capacidade para falar. Ao longo dos meus anos como animador, fui ouvindo uma série de formas de definir os Gambozinos. Somos uma associação que tem estatutos e tudo, somos um voluntariado, somos campos de férias, somos um sítio onde as pessoas se sentem em casa. Ora, todas estas coisas têm uma certa verdade e certamente que haverá muitas outras formas de descrever os Gambozinos, mas para mim – e depois de muitos anos a viver isto – os Gambozinos são uma missão. Esta missão pode ser vivida de várias formas e intensidades, tem é de ser vivida de coração cheio e com uma vontade enorme de servir.

Chegando a esta parte do texto, depois de olharmos um pouco para o que é uma vocação e para o que são os Gambozinos, temos de nos perguntar: “existe uma relação entre os dois?” Aqui vou direto ao ponto, existe sim! A missão dos Gambozinos é uma missão pela qual somos chamados e que, por isso, deve ser visto como uma vocação. Isto a mim sempre me ajudou pois ser animador dos Gambozinos não é fácil e é nos momentos de dúvida que nos devemos lembrar que podíamos estar noutro voluntariado, podíamos estar noutro movimento de campos férias, mas não estamos. Escolhemos estar nos Gambozinos e escolhemos isto porque nos sentimos chamados a servir nesta missão e porque olhamos para isto como uma vocação, tendo de ter coragem de assumir que é isto que Ele quer para nós.

Acredito verdadeiramente nisto, que os Gambozinos são uma vocação e quero servir esta missão durante toda a minha vida – com intensidades diferentes, claro – mas sei que continuo a ser chamado e que quero continuar a dizer que sim. Em tudo o que fazemos somos chamados, quer seja a estar na direção nacional ou a arrumar a sede, a ser diretor de um campo, ou a animar um dia de Natal. Não interessa o número de horas ou dias que estamos aqui, interessa que queremos estar porque sabemos que este sonho é maior do que nós.

Eu já sou animador de Gambozinos há quase sete anos e, mesmo que veja isto como uma vocação, admito que às vezes ainda questiono esta missão e se estamos a fazer alguma diferença. No entanto, é exatamente nestes momentos que nos devemos lembrar que o sonho dos Gambozinos não é para nós, não somos nós que vamos colher os frutos, nem somos nós que fazemos a verdadeira diferença. Os Gambozinos existem para Jesus e é por Ele que aceitamos este chamamento. E, enquanto damos o melhor de nós mas não vemos os frutos, só nos resta esperar e sonhar com o momento em que o sonho dos Gambozinos se realiza. E que bom que isto é.

Gonçalo Marques de Almeida

Gambozinos: Amantes furiosos

Gambozinos: Amantes furiosos

Gambozinos: Amantes furiosos; Fiéis ao romance

Os Gambozinos são um grupo de super-heróis que acreditam que os problemas desta civilização terrivelmente equivocada podem ser resolvidos. Eles propõem-se a devolver o Reino aos homens, a encontrar os lugares de Deus no Mundo e a fazer deles morada de todos.

A sua brava dança acontece desta maneira:

Oferecer a todos a possibilidade de um desenvolvimento pessoal, espiritual e humano, através de uma experiência de relação e comunidade que destrói as muralhas sociais e ergue pontes entre margens separadas pelo preconceito, pelo medo, pela indiferença, pela ignorância, pelo mundo. É precisamente este o trabalho de engenharia que distingue os Gambozinos de outro grupo de cariz social.

Estas margens sociais dividem-se por bairros carenciados em Peniche, Braga e Pragal, e pela generalidade da classe média alta de Lisboa, Porto, Coimbra e o resto do País. O desafio assenta no crescimento, fundamentado na espiritualidade inaciana, destas crianças e adolescentes de tal maneira que os muros caiam e surjam possibilidades de relação. Como numa canção do Paulinho Moska, na qual a certa altura o Chico César canta “Todos somos filhos de Deus, só não falamos a mesma língua”.

Há uma intuição fundamental que o projeto é uma coisa assimétrica: o Gambozino é um híbrido, um mestiço, alguma coisa nova que surge da união de partes diferentes, muito diferentes: na cultura, nas raízes, na pronúncia, no desenvolvimento intelectual, na conta bancária, na educação, nos horizontes.

Os Gambozinos exigem, também, uma aliança entre os Animadores e o sonho – do trabalho anual com os núcleos regionais, à experiência privilegiada de relação que são os Campos de Férias no Verão.

É na recusa dos Gambozinos como apenas movimento de campos de férias que são abertas as janelas de uma ideia de família. Ao assumi-lo como uma opção de vida, dizemos que não ficamos satisfeitos com a recordação e queremos, exigimos de nós próprios uma entrega incondicional a esta missão. Cada um à sua maneira, tentando compreender os desafios e de que maneira pode servir o outro, de que maneira pode levar o outro ao lugar de Deus.

Parece-me que, de alguma maneira, como numa história, os Gambozinos têm, também, um princípio, um meio e um fim. E estes têm nome, têm figuras muito concretas que os representam.

princípio traduz-se em Santo Inácio de Loyola: o Risco, a Visão, a Coragem – erguer a cruz como uma espada e levar por diante um sonho, aparentemente, impossível, conseguindo vislumbrar, para lá dos nevoeiros, uma possibilidade criativa e necessária de recuperar Deus para os seus filhos;

meio é São Francisco Xavier: a Paixão, a Compreensão, a Conquista – tal como o Santo Padroeiro dos Gambozinos, também nós nos aventuramos no mar alto das relações humanas. Tal como ele, também nós temos necessidade de procurar a melhor maneira de levar por diante estes objetivos. No Japão, Xavier compreendeu que a melhor maneira de ser aceite na corte do Imperador seria mostrando alguma da avançada tecnologia europeia, uma apresentação formal e cuidada. Também nós vamos percebendo que a melhor maneira de conquistar as realidades mais distantes da nossa vivência passa por compreendê-las para as poder conquistar, e quem diz realidades diz o outro. Este talvez seja um dos grandes desafios dos Gambozinos, o apuramento da sensibilidade. Só assim é possível discernir qual o método para mostrar os lugares de Deus no Mundo a um núcleo, a três rapazes, a uma família, a um bairro, a uma rapariga…;

O fim é o Reino.

 Manuel Barbosa de Matos,

Um desses amantes