Faleceu ontem o Irmão José Dias. O jesuíta tinha 93 anos de idade e 76 na Companhia de Jesus. Estava internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com uma insuficiência cardíaca, mas acabou por morrer na sequência de uma pneumonia provocada pelo novo coronavírus.
Por razões de segurança, não será possível realizar missa de corpo presente. Assim, amanhã, dia 13, haverá a celebração de uma missa de ação de graças pela sua vida na Igreja do Colégio de São João de Brito, às 15h00.
José Dias nasceu no Lugar de Fundevila, na freguesia de Igreja Nova, no concelho de Barcelos, no dia 22 de junho de 1927. Entrou na Companhia de Jesus no dia 24 de março de 1944, no Convento de Santa Marinha da Costa, em Guimarães. Depois do Noviciado de dois anos foi para o Colégio das Caldas da Saúde, Santo Tirso, onde passou um ano como ajudante do enfermeiro e dali foi para a Residência do Porto por mais um ano, como cozinheiro.
Em 1948 foi para a Escola Apostólica de Macieira de Cambra, onde exerceu o ofício de cozinheiro, até 1952, ano em que foi para Lisboa, para a Residência da Lapa (Cúria Provincial) exercer os ofícios de sacristão e porteiro. No ano seguinte foi para a Residência da Póvoa de Varzim onde passou um ano como cozinheiro e refeitoreiro. Esteve ainda algum tempo como sacristão da Capela da Faculdade de Filosofia de Braga e, em 1955, regressou à Residência do Porto, deste vez para ser sacristão e enfermeiro. Em 1956 voltou para a Braga, para a Residência do Apostolado da Oração, como porteiro e sacristão.
Em 1963 foi destinado à Missão da Zambézia, Moçambique, onde esteve até 1976. Em Moçambique teve como primeiro destino a Residência de Nossa Senhora de Fátima, na cidade da Beira, onde ajudava o ecónomo da missão e era comprador e motorista. Em 1965 foi para a missão de Boroma, a cerca de 35 quilómetros de Tete, assegurando diversos serviços. Dois anos depois, a Companhia de Jesus deixou a missão de Boroma e a Escola de Formação de Professores foi transladada para um edifício em construção em Vila Coutinho (Ulóngwe). O Ir. Dias acompanhou esta mudança continuando com os mesmos ofícios que tinha em Boroma.
O Ir. Dias era dedicado ao trabalho e sempre se caracterizou por uma pessoa de boa disposição e disponível para prestar ajuda. Era acolhedor e simpático para todos.
Em 1970 foi enviado para a cidade da Beira, para a Residência de Nossa Senhora de Fátima. Aqui supervisionava todos os trabalhos domésticos e encarregava-se de dar despacho a pedidos que chegavam das missões. Pouco depois da independência de Moçambique, em 1976, ficou em Portugal e foi colocado na Residência do Apostolado da Oração, onde, por um ano, trabalhou na Administração da Editorial e das revistas.
Em 1977 foi destinado ao Colégio de S. João de Brito como Prefeito da Disciplina até 1988, ano em que voltou a Braga para ser o Responsável da Livraria do Apostolado da Oração. Em 1991 regressou novamente a Lisboa, para o Colégio de S. João de Brito, como responsável pela vigilância e acompanhava os alunos nos transportes. Em 2019 sofreu uma queda no Baleal que teve como consequência ficar muito limitado. Mesmo assim, acompanhava a Comunidade e aceitava calmamente a situação em que estava, mas notava-se que a sua saúde ia piorando.
Internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, veio a falecer de pneumonia no dia 11 de janeiro, infetado com o novo coronavírus.
O Ir. Dias era dedicado ao trabalho e sempre se caracterizou por uma pessoa de boa disposição e disponível para prestar ajuda. Era acolhedor e simpático para todos.
