“Cartas a um jovem ateu” é o título do livro do P. Nuno Tovar de Lemos, sj que será lançado no dia 12, às 19h, no Centro Comunitário São Cirilo, no Porto. A obra, editada pela Frente e Verso, estabelece um diálogo entre um jovem ateu e um padre, onde dúvidas de fé e questões acerca do amor se vão cruzando. Será apresentada por Joana Morais e Castro.
Um jovem biólogo tenta recuperar a todo o custo a sua namorada. Um dia – uns meses antes – falou-lhe de casamento e ela terminou o namoro. Acusou-o de viver à custa dos pais e de não lutar pela vida. E acrescentou que também não se casaria com alguém que não acreditava em Deus. Apesar de gostar muito dele.
Mas ele não desiste. Quanto à primeira dificuldade, resolve aceitar um trabalho solitário de investigação de toupeiras de água, numa zona tão bonita quanto remota. Vive numa casa de pedra junto a um rio, num posto de fronteira pouco movimentado. A aldeia mais próxima fica a trinta quilómetros. Perto dele apenas mora uma família com um cão e uma criança. Não há rede telefónica e muito menos internet. Apenas um carteiro que passa uma vez por semana.
Quanto à segunda dificuldade – não ter fé – pede ajuda ao único padre que alguma vez conheceu na vida. Escreve-lhe e ele responde. Volta a escrever-lhe. Bombardeia-o com questões: Que se ganha em ter fé? Como podemos saber se Deus existe mesmo? Para termos fé precisamos de ter uma religião? Gostava de acreditar mas não sinto mesmo nada! Milagres ou autosugestões? Acreditar em Deus ou acreditar na ciência? Graças a Deus ou graças aos médicos? As perguntas são muitas e sinceras, embora o seu grande objetivo seja recuperar o amor perdido.
O padre – o P. Nuno Tovar de Lemos – vai-lhe respondendo. Responde às suas questões acerca da fé e levanta-lhe questões acerca do amor. Através destas cartas – que são o conteúdo do livro – o leitor vai percebendo o que o jovem está a viver e as coisas estranhas que acontecem à sua volta no posto de fronteira onde mora.
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.
