Férias com Deus – toma consciência da presença de Deus

A proposta de Afonso Sarmento Rodrigues, jovem ligado ao Centro Académico de Braga, para nos ajudar a viver o Evangelho deste domingo. Acompanhados pelo som do mar, deixemo-nos guiar pela presença de Deus.

A proposta de Afonso Sarmento Rodrigues, jovem ligado ao Centro Académico de Braga, para nos ajudar a viver o Evangelho deste domingo. Acompanhados pelo som do mar, deixemo-nos guiar pela presença de Deus.

Evangelho de domingo, 7 de agosto

Lc, 12,32-48.

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não temas, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o reino.
Vendei o que possuís e dai-o em esmola. Fazei bolsas que não envelheçam, um tesouro inesgotável nos Céus, onde o ladrão não chega nem a traça rói. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração. Tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas.
Sede como homens que esperam o seu senhor voltar do casamento, para lhe abrirem logo a porta, quando chegar e bater.
Felizes esses servos que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes. Em verdade vos digo: cingir-se-á e mandará que se sentem à mesa e, passando diante deles, os servirá. Se vier à meia-noite ou de madrugada felizes serão se assim os encontrar.
Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar a sua casa.
Estai vós também preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem».

Disse Pedro a Jesus: «Senhor, é para nós que dizes esta parábola, ou também para todos os outros?». O Senhor respondeu: «Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá à frente da sua casa, para dar devidamente a cada um a sua ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado. Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens. Mas se aquele servo disser consigo mesmo: “O meu senhor tarda em vir”; e começar a bater em servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo chegará no dia em que menos espera e a horas que ele não sabe; ele o expulsará e fará que tenha a sorte dos infiéis. O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou ou não cumpriu a sua vontade, levará muitas vergastadas. Aquele, porém, que, sem a conhecer, tenha feito ações que mereçam vergastadas, levará apenas algumas. A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá».”

 

Para meditar (com o som do mar de fundo)

Com este evangelho, tomamos consciência da presença de Deus em todas as coisas, em todos os momentos das nossas vidas. O Pai confia-nos todos os seus bens, mas também nos ajuda a guiarmo-nos neles, e ensina-nos a fazê-lo, até mesmo nos momentos mais imprevisíveis, em que achamos estar sozinhos contra o mundo.

Através da parábola do ladrão, Jesus avisa-nos para um certo desleixo que pode ocorrer quando nos esquecemos de quem temos ao nosso lado. Deus guia-nos, mesmo que não nos lembremos disso constantemente, mas também quer que tenhamos essa consciência, pois quanto mais O lembrarmos, mais acertaremos com o que é melhor para nós e para os outros, e maior será a alegria de Jesus, tal como maior é a satisfação do patrão ao ver o bom trabalho do seu empregado.

Talvez, se nos formos abrindo cada vez mais à ideia da presença de Deus, consigamos perceber que Ele está mais perto do que às vezes pensamos!

Não tenhamos medo, e deixemos que Deus nos exija e confie mais em nós. Acima de tudo, confiar!
Porque como diz o poeta Daniel Faria : “Seja o que for/ Será bom.”

 

Para refletir:

-Recebemos bem esta confiança que nos é depositada? Se não, porquê? Temos medo? Vergonha?

-Em que alturas é que nos esquecemos mais da presença de Deus? Como é que podemos melhorar essa relação?

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.