Como descobriste a Igreja?
Tive a sorte de entrar na Igreja sem ter notado. Fui baptizado com 2 meses e portanto não me lembro desse primeiro momento.
No entanto, tive um momento de grande conversão durante a Missão País em 2014 e foi aí que comecei a viver mais intensamente a Fé Católica na minha vida.
Como vives a fé no dia-a-dia, na escola, no trabalho, em casa?
Tenho muito presente na minha vida a ideia que Jesus deve ser o principio e o fim de tudo o que fazemos. Desse modo ao longo do dia procuro utilizar alguns truques para O ter sempre presente: rezar o Angelus ao meio dia, a hora da misericórdia às 15h, para além dos momentos de oração diários que procuro ter.
Mas a Fé também é indissociável contacto com os outros, por isso, é importante dar testemunho no trabalho, sendo bons profissionais, em casa, sendo bons filhos e até na rua.
Nem sempre consigo fazer isto tudo mas, felizmente, Nosso Senhor dá a todos a possibilidade de nos levantarmos novamente e tentar uma vez mais.
Em que sentes que precisas de mais ajuda da Igreja?
A Igreja é central na minha vida em duas vertentes.
A Eucaristia, que procuro frequentar diariamente, fortalece como mais nenhum outro alimento e ajuda a viver melhor as virtudes. Procuro também a confissão com regularidade e é tão bom poder ter mais uma oportunidade de tentar ser melhor.
Primeiro, para viver numa entrega constante ao outro e na observância dos mandamentos é necessária muita ajuda directa de Deus. A Eucaristia, que procuro frequentar diariamente, fortalece como mais nenhum outro alimento e ajuda a viver melhor as virtudes. Procuro também a confissão com regularidade e é tão bom poder ter mais uma oportunidade de tentar ser melhor.
A segunda vertente é o acompanhamento espiritual. Nas nossas vidas surgem inúmeras questões, inúmeros dilemas, inquietações, incertezas… A Igreja tem-me ajudado muito a dar-lhes resposta. Sobretudo através da direcção espiritual que tem servido como farol e como discernimento nas decisões mais importantes da minha vida, tanto em matéria de família, como amizade, trabalho, etc.
Deus tem sido muito generoso comigo ao longo da minha vida e tanto a capelania da Católica, onde estudei, como a Paróquia de São Nicolau têm-me apoiado nos mais variados âmbitos da minha vida espiritual, pessoal, académica e laboral.
Como podes colaborar mais com a Igreja?
Como recebi tanto da Igreja sinto-me permanentemente em dívida de gratidão para com ela. Ao longo da minha vida espero conseguir retribuir um pouco daquilo que recebi. Procurar cada dia ser um pouco melhor do que tenho sido, ajudando a Igreja a chegar a mais corações e – se Deus quiser dar-me filhos -, dando-lhes uma boa formação.
O Bernardo pertence à Paróquia de São Nicolau (Lisboa) mas nesta entrevista dá-nos o seu testemunho pessoal.
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.