A democracia precisa da cultura e a cultura precisa da democracia

Ao mesmo tempo, é importante olhar para a participação cultural como um direito fundamental que concretiza a cidadania, assente no envolvimento de todas as pessoas na vida cultural das comunidades.

Ao mesmo tempo, é importante olhar para a participação cultural como um direito fundamental que concretiza a cidadania, assente no envolvimento de todas as pessoas na vida cultural das comunidades.

Inserido no Ciclo de Conferências Eutopos, no próximo dia 5 de Setembro, entre as 19h e as 20h30, Hugo Cruz vai explorar o contributo da cultura em democracias em crise.

As democracias atuais vivem mergulhadas num estado de confusão e medo, para o qual contribui, em grande parte, informação pouco clarificadora, narrativas públicas que aprofundam as desigualdades e a perceção de ineficácia da nossa participação.  O desejo generalizado de transformação dos modos de ser, estar e fazer individual e coletivo exigem confronto e discordância construtiva e, em simultâneo, foco, diálogo, e abertura à infinita diversidade de pessoas existente.

Nesta conferência, exploramos os contributos que a cultura pode dar para o fortalecimento das democracias em crise, ativando o sentido estético e o pensamento crítico. Ao mesmo tempo, é importante olhar para a participação cultural como um direito fundamental que concretiza a cidadania, assente no envolvimento de todas as pessoas na vida cultural das comunidades. Os princípios democráticos devem orientar o acesso à programação cultural, mas para além disso, aos modos de produção cultural e a inscrição de múltiplas estéticas, contrariando a legitimação de visões únicas e fechadas.

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Hugo Cruz

Criador, programador cultural, professor e investigador. Doutorou-se na Universidade do Porto e fez formação nas Universidade Ramon Llull, Académie Internationale des Arts du Spectacle e Odin Teatret.

Professor convidado na Escola de Artes — UE e investigador no CHAIA-UE e CIIE-UP. Publica e leciona nas áreas de “criação artística e espaço público”, “arte e comunidade” e “políticas culturais”. Autor e coordenador de várias publicações, destaca-se o livro Práticas artísticas, participação e política traduzido e editado em vários países. Integra a equipa de avaliação da Iniciativa PARTIS/Art for Change – Fundação Calouste Gulbenkian e BPI/La Caixa. Dirige o DESEJAR_movimento de artes e lugares comuns – Braga’25 (www.artandparticipation.com)

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.


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Esta secção é da responsabilidade da revista Brotéria – Cristianismo e Cultura, publicada pelos jesuítas portugueses desde 1902.

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