Henrique Raposo, escritor e cronista, tem reflectido e escrito bastante sobre a parentalidade e os desafios colocados às famílias dos nossos dias. Confessa a dureza da missão de ser pai, que diz ser como “um arado que revolve a nossa terra para criar algo novo”, mas também a sua extrema beleza e o espanto que trouxe à sua vida. Ser pai é ser “heart expanding” e “time expanding”, afirma, pois os dias ganham outra dimensão e a tabela periódica das emoções cresce consideravelmente. Reconhece, contudo, que o casamento e a paternidade implicam um morrer e um renascer…
À conversa com o Ponto SJ, fala-nos também da sua experiência pessoal de pai de duas filhas, e dos sacrifícios que a vida familiar impôs à sua vida profissional. E não hesita em criticar a visão que muitos têm do modelo de família católico: em que o homem sai para ir trabalhar e a mulher fica em casa a tomar conta dos filhos.
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.