No segundo dia da sua visita a Portugal no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco encontrou-se com os jovens, primeiro na Universidade Católica Portuguesa, e depois em Cascais, no Scholas Occurrentes. O momento alto do dia foi já em Lisboa na Colina do Encontro, com a Cerimónia de Acolhimento.
Pelas 9h00 deu-se início ao encontro com os estudantes da Universidade Católica Portuguesa onde o Papa falou e ouviu os jovens, deixando-se tocar pelos testemunhos de quatro universitários: Beatriz, Mahoor, Mariana, Tomás. No seu discurso convidou os jovens a moldarem-se à imagem do peregrino, a desinstalarem-se, a saírem da zona de conforto em busca de um bem maior, tendo duas palavras como referência: procurar e arriscar. Encorajou também os jovens a porem em prática os seus sonhos e a centrarem-se no essencial: “não sejais administradores de medos, mas empreendedores de sonhos!” Perto do fim, lembrou os jovens da urgência do cuidado da Casa Comum, incitando-os a estudar o Pacto Educativo Global e a “apaixonarem-se por ele”. Leia o discurso completo aqui.
Terminado o encontro na Universidade Católica Portuguesa, Francisco rumou a Cascais para visitar uma organização internacional de direito pontifício, por si criada em Buenos Aires em 2001, quando era arcebispo da capital argentina: a Scholas Ocurrentes, que promove a integração social, a inclusão e o encontro através de um programa educativo e que tem nas suas fundações a arte, desporto e tecnologia. Durante a sua visita, Francisco conversou com os jovens da forma próxima que lhe é característica, respondendo a algumas questões que lhe foram colocadas. Foi também convidado a concluir o mural, com mais de três quilómetros, que tinha sido pintado pelas organizações de Cascais, e que dá pelo nome de “Vista entre Mundos”. Francisco utilizou um pincel, uma “arma virtual para a paz”. Depois o Papa falou sobre a história da Criação, da transformação do caos em cosmos, da parábola do Bom Samaritano e da compaixão. Leia aqui as intervenções dos jovens e do Papa.
Recorde este encontro aqui
Ao final da tarde, o Papa teve a sua primeira aparição pública aberta a todos, na cerimónia de Acolhimento, no Parque Eduardo VII, transformado na Colina do Encontro. Depois de percorrer o recinto no papamóvel, perante o enorme entusiasmo dos jovens, no seu discurso lembrou-nos que a Igreja é de todos e para todos, e o todos ecoou em diversas línguas pela área circundante da Colina do Encontro. Convidou-nos também a aceitarmo-nos tal como somos, “sem maquilhagem”, pressões sociais ou comparações, pois, acrescentou, Jesus conhece-nos e ama-nos na nossa individualidade. Recorde o discurso integral aqui.
Comentário espiritual
Uma leitura do dia através do olhar inaciano do P. José Maria Brito, sj e do P. Ricardo da Silva, sj.
Fotografias: Rúben Marques e JMJ – Lisboa 2023 – Jornada Mundial da Juventude
Resumo do 1º dia da visita do Papa
Resumo do 2º dia da visita do Papa
Resumo do 3º dia da visita do Papa
Resumo do 4º dia da visita do Papa
Resumo do 5º dia da visita do Papa
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.