Colégio das Caldinhas: um “colégio para todos”

Com o objetivo de angariar fundos para o apoio social das escolas do Complexo Educativo do Colégio das Caldinhas, realizou-se no passado dia 28 de junho, o Jantar Solidário da Associação P. Simão Rodrigues. Foram mais de 300 os presentes.

Com o fim dos contratos de associação, o Instituto Nun’Alvres, uma das escolas do Colégio das Caldinhas, viu terminar a sua pertença à rede pública de educação, não tendo alternativa senão tornar-se uma escola privada. Foi assim que, em 2017, surgiu a Associação Padre Simão Rodrigues sj, uma associação que pretende que todos, independentemente das suas capacidades financeiras, possam estudar no Colégio das Caldinhas.

É através de financiamentos de benfeitores e ações de sensibilização no âmbito da solidariedade e ação social, que a APSRsj possibilita que alunos e famílias de menores recursos possam escolher este projeto educativo para os seus filhos. A associação tem também apoiado necessidades sociais de alunos de outras escolas, nomeadamente da escola profissional Oficina (através da compra de material informático, quando os alunos não têm capacidade financeira para o fazer) e da escola de música CCM-Artave (instrumentos musicais).

“Queremos que o Colégio das Caldinhas viva (…) e que apanhemos nós a boleia, para que este projeto não seja só para alguns, mas para todos”

Para o Diretor Geral, P. Carlos Carneiro, ser “acessível” e “inclusiva”, são apenas algumas das metas apontadas para as Caldinhas. Em tom de conversa, no momento “Gente que sabe estar”, o P. Carlos falou acerca do projeto educativo e do seu futuro. “Que nenhum menino ou menina que tem o sonho de aqui se sentar, fique apenas ali à porta a olhar para nós como se fôssemos donos daquilo que não é nosso”, acrescentou. “Desde que estou aqui que me dizem, as [pessoas] que estão aqui e as que já passaram por aqui, que quando descobrem quem eu agora sou, me dizem: Eu passei por aquela casa e aquela casa deixou marca. É como se eu tivesse uma tatuagem que diz Colégio das Caldinhas e que está gravada no meu interior e até está mais do que no coração, na cabeça ou nas mãos, está no estômago, nas entranhas”

A 3ª edição do Jantar Solidário contou, ainda, com o concerto ao vivo dos Terra Batida. De acordo com a organização, a receita ainda não foi apurada, mas realçam e agradecem o facto de ter havido tantas presenças e muitos donativos.