Para a comunidade inaciana do Algarve, 2025 vai ser um ano de festa e celebração. Além do ano jubilar que toda a Igreja celebra, e que foi decretado pelo Papa Francisco como o Jubileu da esperança, as três paróquias confiadas à Companhia de Jesus em terras algarvias – Nossa Senhora do Amparo, em Portimão, Odiáxere e Mexilhoeira Grande – celebram três efemérides importantes: os 500 anos da igreja da Mexilhoeira Grande, os 50 anos do regresso dos jesuítas ao Algarve e os 50 anos do P. Domingos como pároco da Mexilhoeira Grande.

As comemorações arrancam já este fim de semana, dias 11 e 12 de janeiro, na Paróquia da Mexilhoeira Grande, com um concerto no sábado à tarde, promovido pela Associação de Guitarras do Algarve, e no domingo com o encontro de cantares de janeiras e reis. Antes destes eventos será feita a abertura oficial das comemorações com a apresentação do programa das várias celebrações que marcarão este ano. Ainda durante este mês de janeiro, os  alunos do 11º ano do curso profissional de intérprete ator/atriz do Agrupamento de Escolas da Bemposta, subirão ao palco do salão do Centro Pastoral Paul Roth (Mexilhoeira Grande) para apresentar a peça do poeta Luís Vaz de Camões “El-Rei Seleuco”.

Como pontos altos do programa das celebrações deste ano destacam-se três grandes acontecimentos. Em setembro, entre os dias 19 e 21, está previsto um grande encontro nacional da família inaciana, em Portimão, para todas as pessoas ligadas aos jesuítas. Será um evento de celebração que pretende envolver também a cidade. O programa destes três dias está a ser preparado e deverá ser anunciado até à Páscoa, para que as pessoas se possam mobilizar e inscrever.

Ainda durante o verão, nos dias 14 e 15 de agosto, por ser a Solenidade da Padroeira da Paróquia da Mexilhoeira Grande (Nossa Senhora da Assunção) será festejado o aniversário dos 500 anos da construção da Igreja da Mexilhoeira. Trata-se de um dos monumentos mais antigos do concelho de Portimão, edificado na primeira metade do séc. XVI, com o financiamento da família Castelo Branco, condes da Vila Nova de Portimão, que possuíam também terras na localidade da Mexilhoeira Grande.

No dia 4 de outubro celebram-se também os 50 anos do P. Domingos Monteiro da Costa como pároco da Mexilhoeira Grande. A sua chegada em 1975 à Mexilhoeira marca o regresso dos jesuítas ao Algarve, juntamente com o P. Arsénio Castro da Silva, enviados por D. Florentino, bispo do Algarve, para se fixarem nas paróquias de Portimão, onde acabaram por desenvolver um intenso trabalho social e pastoral.

A Companhia de Jesus já tinha tido uma presença forte em Portimão nos finais do século XVII, aquando da construção do Colégio de São Francisco Xavier, até 1759, altura em que se deu a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal.

O programa das comemorações para todo o ano de 2025, e que agora vai ser apresentado, será bastante diversificado, incluindo concertos de música clássica, música contemporânea, danças tradicionais, teatro, conferências, tertúlias, exposições, atividades culturais e desportivas, entre outras ações que terão como principal intuito dar a conhecer a história e influência destes três marcos históricos.

De referir ainda que o programa teve o precioso contributo de várias entidades, coletividades e associações do concelho, como a Câmara Municipal de Portimão, a Junta de Freguesia da Mexilhoeira Grande, o Agrupamento de Escolas da Bemposta, a Associação de Guitarras do Algarve, o Clube de Instrução e Recreio Mexilhoeirense, a Sociedade Recreativa Figueirense, o Rancho Folclórico da Figueira, o Mexilhoeira Grande Futebol Clube, a Associação INCA, a Associação Grão de Areia, a Orquestra Barlavento Ensemble, a Associação Musical Johann Sebastian Bach (Ponta Delgada – Açores) e o projeto musical ‘Paragem “Zeca” – Sopro de Liberdade’.