Para quando um compromisso da sociedade com a erradicação da pobreza?
É urgente uma mobilização e compromisso coletivos, em que cada um, na sua área de influência, faça efetivamente a diferença.
É urgente uma mobilização e compromisso coletivos, em que cada um, na sua área de influência, faça efetivamente a diferença.
A consagração de uma nova tarefa constitucional teria a virtude de tornar juridicamente vinculante o princípio de que o cuidado para com os mais pobres é assumido como um dever do Estado.
A grande proposta política dos radicais, depois de culparem as elites, os ricos ou os imigrantes, as minorias ou as maiorias, é fundamentalmente a mesma: um Estado protector.
Este paradoxo português contemporâneo, receber imigrantes pouco qualificados e exportar jovens mais qualificados, não é de todo, nem aceitável nem sustentável socialmente.
Sabemos pouco de quem são, onde vivem e como vivem estas pessoas. Na verdade, não pensamos nelas sequer como pessoas. São pobres.
Na Semana dos Pobres, destacamos o documentário que ilustra o trabalho das organizações sociais ligadas aos jesuítas em Portugal. Uma intervenção vasta que se foca na área social mas também toca a ecologia, a inspiração e prática inaciana.
Uma rede informal robusta, capaz de olhar a esta individualidade e atuar nela, é uma das formas mais eficazes de encontrar caminhos de combate à pobreza. A rede nacional Cáritas faz essa experiência através dos inúmeros grupos paroquiais.
O Papa continua a interpelar-nos dizendo “que o grito da terra e o grito dos pobres são só um e o mesmo”, o grito que nos transporta ao lugar onde existe privação e sofrimento. O lugar onde cada um de nós poderia estar. À viagem essencial.
A partir de um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos e na véspera do dia Mundial dos Pobres, conversamos sobre a realidade da pobreza em Portugal. Uma conversa a partir do centro São Cirilo no Porto.
‘Pobreza’ e a ‘exclusão social’ são termos sobre os quais ouvimos falar frequentemente, mas que nos pouco dizem, uma vez que abarcam uma multiplicidade de situações, dificultando assim a nossa capacidade humana de criarmos empatia.