Um Portugal sem aldeias: a demografia no vazio
Creio que muitos não perceberam que aldeias sem gente são o fim de um tempo que não volta. Morrem as aldeias e morre uma parte do que somos.
Creio que muitos não perceberam que aldeias sem gente são o fim de um tempo que não volta. Morrem as aldeias e morre uma parte do que somos.
Proponho que as farmacêuticas ofertem as patentes à ONU. Não proponho um levantamento de patentes. Não proponho que os países que podem pagar o deixem de fazer. Proponho que esse lucro, de alguns, passe a ser usado ao serviço do bem comum.
Um dia depois da primeira viagem privada ao espaço exterior seria talvez tempo de retomarmos a viagem ao nosso espaço interior e pôr mãos à obra para construirmos um Mundo assim para o melhor. Fica o desejo, fica a vontade. Vamos?
Para ser suficientemente lucrativo e atrair investimento capitalista, não basta explorar intensivamente o solo e o sol: importa explorar de forma intensiva o suor dos trabalhadores.
No norte de Moçambique na Província de Cabo Delgado há todo um povo em sofrimento. Mais do que o islamismo radical, a ganância ou a geopolítica, a causa dos ataques a populações indefesas só pode ser a desumanidade.
Se todos somos Igreja, façamos das ideias do Papa Francisco ideias para o bem de todos.
O “bem comum” é um conceito essencial porque, sem essa perceção de coletivização da nossa vida social deixamos de ser indivíduos parte de uma sociedade, para passarmos a ser meros clientes, consumidores, utilizadores ou utentes.
Aprendemos muito nestes meses. Que podemos trabalhar a partir de casa, que a telescola do passado era, afinal, do futuro, que quando paramos de a atormentar, a natureza volta e reocupa o seu espaço. Um mundo melhor é possível.
Ao olhar para o mundo à nossa volta, para a desigualdade que o capitalismo mais liberal nos legou, percebemos que não é possível continuar no mesmo trilho. Perdemos a Comunidade sem ter sabido construir uma ideia solidária de Sociedade.
A razão que constrói o racismo ou a xenofobia baseia-se no desconhecimento, na desigualdade social e no preconceito. Quando o nosso olhar atravessa a distância que a ignorância criou tornamo-nos humanos?