46 personalidades portuguesas juntam-se hoje ao Provincial dos Jesuítas em Portugal, P. Miguel Almeida, sj numa carta aberta ao Embaixador da Índia em Portugal onde se denuncia a violação dos direitos humanos naquele país, de que tem sido vítima o sacerdote jesuíta P. Stan Swamy, bem como outros ativistas. O texto publicado pelo Diário de Notícias surge no contexto da celebração do Dia da República Indiana, que hoje se assinala, a propósito da entrada em vigor da Constituição daquele país.
A carta explica que o sacerdote indiano é um defensor da minoria Adivasis e relata que foi preso a 8 de outubro de 2020 pela autoridade antiterrorista (NIA)da Índia sob falsas acusações de ligações maoístas. O mesmo já tinha acontecido a outros 15 defensores dos direitos humanos.
O P. Stan Swamy tem 83 anos e trabalha há 50 anos em favor dos mais pobres e marginalizados da Índia, negando todas as acusações que lhe são dirigidas. Encontra-se muito debilitado, na sequência da doença de Parkinson, de que padece, e tem sido difícil garantir-lhe as condições mínimas de dignidade na prisão.
A carta sustenta que “diversos relatórios internacionais têm revelado sinais preocupantes no que respeita à ameaça aos direitos humanos e à liberdade religiosa na Índia”, referindo ainda que “a 20 de outubro de 2020, Michele Bachelet, Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, fez uma declaração apelando ao Governo da Índia para garantir os direitos dos defensores dos direitos humanos no país, tendo referido nessa declaração a situação do P. Stan.”
Com esta iniciativa pública, a Companhia de Jesus em Portugal junta-se ao esforço que tem sido desenvolvido por esta ordem religiosa a nível internacional, bem como por diversas instituições da sociedade civil, no sentido de chamar a atenção para a situação do P. Stan Swamy e de outros defensores dos Direitos Humanos perseguidos pelas autoridades indianas.
Subscritores:
Miguel Almeida, sj (Provincial dos Jesuítas)
Adolfo Mesquita Nunes (Advogado)
Alexandre Homem Cristo (Gestor de projetos)
Alexandre Poço (Deputado)
Ana Rita Bessa (Deputada)
Anabela Mota Ribeiro (Jornalista)
André Costa Jorge (JRS)
António Ramalho Eanes (General)
Carlos Fiolhais (Investigador)
Daniel Oliveira (Jornalista)
Eduardo Marçal Grilo (Professor universitário)
Francisco Sarsfield Cabral (Jornalista)
Francisco Teixeira da Mota (Advogado)
Henrique Raposo (Escritor)
Isabel Estrada Carvalhais (Eurodeputada)
Isabel Santos (Eurodeputada)
Jacinto Lucas Pires (Escritor)
Jaime Gama (Professor universitário)
Joana Rigato (Docente E. Secundário)
João Bosco Mota Amaral (Advogado)
João Paiva (Docente universitário)
João Paulo Barbosa de Melo (Docente universitário)
João Taborda da Gama (Advogado)
Jorge Wemans (Jornalista)
José Eduardo Franco (Docente Universitário)
José Leitão (Advogado)
José Manuel Fernandes (Eurodeputado)
D. José Ornelas (Bispo de Setúbal e Presidente da Conferência Episcopal)
Luís Osório (Consultor empresarial)
Luís Pedro Mota Soares (Advogado)
Luísa Schmidt (investigadora)
Manuel Barbosa de Matos (Manuel Fúria, músico)
Manuel Carvalho da Silva (Jurista)
Manuel Pizarro (Eurodeputado)
Marcos Barbosa (Encenador)
Margarida Balseiro Lopes (Deputada)
Margarida Olazabal Cabral (Jurista)
Marisa Matias (Eurodeputada)
Nuno Melo (Eurodeputado)
Paula Moura Pinheiro (Jornalista)
Pedro Adão e Silva (Investigador)
Pedro Granger (Ator)
Pedro Neto (Amnistia Internacional)
Pedro Vaz Pato (Comissão Nacional Justiça e Paz)
Susana Réfega (Fundação Fé e Cooperação)
Teresa Paiva Couceiro (Fundação Gonçalo da Silveira)
Viriato Soromenho Marques (Docente Universitário)