O martírio da educação
No dia de S. João de Brito, inspirados pela sua vida, contemplemos a vocação do educador cristão e procuremos as raízes da sua vocação, através das palavras do Papa Francisco.
No dia de S. João de Brito, inspirados pela sua vida, contemplemos a vocação do educador cristão e procuremos as raízes da sua vocação, através das palavras do Papa Francisco.
O coelho corre atrás do tempo, frustrado por não ter tempo para viver o tempo. A suricata, anestesiada pela imagem, vive com os olhos presos ao ecrã. A águia, no seu voo lento, ecologicamente contempla, em busca do magis do outro.
Ao serviço do Bem Comum, a Igreja e as escolas católicas, desinstaladas pelo Papa Francisco, desejam promover um pacto educativo global que englobe todos os parceiros, com base em sete compromissos, dos quais cinco concernem a pessoa.
O rigor, a justiça e os critérios que usamos para avaliar o processo de desenvolvimento integral dos alunos devem ser os mesmos que usamos para avaliar a nossa ação como educadores.
Cinquenta anos depois do 25 de abril, a escola não pode ser “elevador” para alguns e “Titanic” para outros. A missão da escola não é promover individualmente o cidadão, mas tornar possível um futuro melhor para todos os cidadãos.
Umas análises ao sangue que corre nas veias educativas do Estado, uma radiografia reformativa ao sistema educativo português e um eletrocardiograma ao futuro que estamos a construir como povo.
Como peregrinos, tendo diante de nós os fins – aquilo que desejamos semear no terreno fértil da vida complexa de cada aluno e aluna –, escutemos, no nosso interior, a frescura das palavras do Papa Francisco na JMJ.
A escola deve comprometer-se com a aprendizagem ao longo da vida, isto é, ensinar a não desistir de aprender, provocando e acompanhando processos.
Ao centrar a educação em receitas e slogans de marketing, ao sobrecarregar os educadores com burocracias sisíficas, ao ditatorialmente impor à escola a solução de todos os problemas, não a teremos esvaziado da sua essência?
Quase no final da sua intervenção, o Padre Geral referia o educador inaciano tem que ser como o salmão, nadar contra a corrente e não se deixar ir pelas correntes das modas.