Este não é mais um texto sobre 2020
Ser cristão dá trabalho. Parece que os filhos nos dificultam o caminho, mas não. Os filhos obrigam-nos a recentrar as nossas vidas, a procurar respostas, a limar arestas e a corrigir incoerências.
Ser cristão dá trabalho. Parece que os filhos nos dificultam o caminho, mas não. Os filhos obrigam-nos a recentrar as nossas vidas, a procurar respostas, a limar arestas e a corrigir incoerências.
Procurar o Mozart, o Einstein ou o Ronaldo que há em cada dos nossos filhos dá uma trabalheira que não se imagina. Não tentem que até é perigoso. Ora, nem eles nem eu aguentámos o desafio.
Mandei os meus filhos de férias e fiquei em casa. As minhas amigas olham para mim com um misto de fascínio e horror. Os filhos acham-me novamente a melhor mãe do mundo.
A pobreza aumentou, as desigualdades denunciaram-se e afundaram-se e o elevador social da educação parou e avariou-se. E ninguém quer saber. Ninguém que possa concertá-lo quer saber. E é assim que começam os conflitos sociais.
Hoje, os nossos filhos são parte da nossa angústia e uma pequena parte da nossa alegria. Quando pensamos demoradamente sobre eles, não é a alegria que nos ilumina, mas sim o medo.
Ser mãe deve ser o menos enigmático caminho de santidade. Deus deu-nos as pistas todas, mostrou-nos o modelo – Maria – e ofereceu-nos os melhores mestres – os nossos filhos. E assim nos ensinou a amar e a ensinar amar.