A morte chega ao rico e chega ao pobre. Mas será que a boa morte chega ao rico e ao pobre? Esta foi uma das inquietações que levou a jornalista e escritora Susana Moreira Marques ao terreno, mais concretamente às aldeias isoladas de Trás-os-Montes, para acompanhar idosos e doentes no final da vida.
“Há coisas sobre as quais não se pode escrever como sempre se escreveu. Algo muda. Primeiro os olhos, depois o coração – ou os nervos ou aquilo a que os antigos chamavam alma – e finalmente, as mãos.” Assim começa o livro “Agora e na hora da nossa morte”, da autoria de Susana e que contou com as fotografias de André Cepeda.
E o seu repto tem tanto de simples como de profundo: O que gostava é que os leitores não ficassem indiferentes e sentissem que era preciso mudar alguma coisa, que não podem continuar a olhar para o fim de vida com uma certa indiferença. Mas vivemos demasiado ocupados, sem pensar como gostaríamos que fosse a nossa vida, muito menos como fosse a nossa morte.
Fotografias de André Cepeda