A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) está a apelar a uma mobilização urgente da sociedade civil para reforçar a capacidade de acolhimento de refugiados em Portugal, nomeadamente de cidadãos afegãos que estão a fugir todos os dias do Afeganistão e já começaram a chegar ao nosso país. Para isso, está a organizar sessões de esclarecimento públicas para todos os que queiram ajudar, sejam instituições anfitriãs ou voluntários a título individual. A primeira sessão acontecerá amanhã, dia 8, quarta-feira, às 18h, na plataforma digital ZOOM. (https://us02web.zoom.us/j/84179917159?pwd=WHJtcXkwek1sbzdzT1Z5NlgvMXhNUT09)
O período atual é de grande pressão e instabilidade para a comunidade que a rede da PAR tem como missão apoiar, defender e, sobretudo, criar respostas de acolhimento e integração dentro de fronteiras. É, por isso, com bastante preocupação e noção do grau de imprevisibilidade e de indefinição destas situações de urgência humanitária que a PAR tem vindo a acompanhar os últimos acontecimentos, entre os quais se destaca a crise no Afeganistão.
Uma crise não substitui outras e neste momento a PAR (cuja coordenação executiva pertence ao JRS – Serviço Jesuíta aos Refugiados) está a lidar, não só com a chegada dos nacionais afegãos que conseguiram fugir do país e que procuram proteção em Portugal, mas também com a resposta às pessoas dos barcos humanitários e dos programas de Recolocação e Reinstalação. Além de procurar ainda sensibilizar e sociedade portuguesa para a situação dos 800 mil deslocados internos resultantes do conflito em Cabo Delgado. (ver notícia de ontem no Ponto SJ)
JRS já está a apoiar refugiados afegãos que chegaram a Portugal
No âmbito desta emergência humanitária, o JRS foi convocado de urgência pela Câmara Municipal de Lisboa para apoiar a chegada de cidadãos afegãos a Portugal. Está a fazê-lo em dois espaços: o Centro de Acolhimento Temporário de Refugiados (CATR), onde já tem uma presença permanente há alguns anos; e um novo centro adaptado, instalado numa instituição em Lisboa. Desde a madrugada do último sábado, chegaram de emergência a estes dois espaços 88 pessoas: 19 pessoas no CATR (10 dos quais são crianças) e 69 pessoas na outra instituição (36 das quais são crianças, algumas de tenra idade).
Desde a madrugada do último sábado, chegaram de emergência a estes dois espaços 88 pessoas: 19 pessoas no CATR (10 dos quais são crianças) e 69 pessoas noutra instituição (36 das quais são crianças, algumas de tenra idade).
A esmagadora maioria destas pessoas são famílias com crianças pequenas, e nalguns casos avós. A postura de todos é de uma enorme gratidão por este acolhimento de emergência. A maioria dos homens cabeça-de-casal trabalharam como intérpretes no Afeganistão em colaboração com as forças internacionais, incluindo as forças armadas portuguesas, razão pela qual integraram as listas de pessoas em perigo de vida com a tomada de poder pelos taliban. Quase todos puderam trazer a sua família nuclear, mas todos deixaram para trás outros familiares.
O JRS mobilizou as suas equipas de acompanhamento de refugiados, que se têm desdobrado para acompanhar estas pessoas enquanto mantêm as suas responsabilidades normais.
SESSÃO ZOOM
Zoom meeting ID: 841 7991 7159
Passcode: 963738