Hoje, 16 de maio, mais de 100 colaboradores de 30 organizações da Companhia de Jesus reuniram-se nas instalações temporárias do Centro Universitário Padre António Vieira (CUPAV), em Lisboa, para participar na IX Assembleia Social Inaciana, promovida pela Comissão do Apostolado Social (CAS). De norte a sul do país, marcaram presença representantes de Obras que, no seu conjunto, envolvem cerca de 400 colaboradores, 500 voluntários e impactam cerca de 20.000 beneficiários diretos. O encontro teve como tema “Pontes de Esperança” e pretendeu fortalecer a missão comum das obras sociais da Província Portuguesa da Companhia de Jesus (PPCJ), promovendo a colaboração, a reflexão e a inspiração inaciana.
A manhã começou com o acolhimento por Mariana de Mariz Rozeira, coordenadora da CAS, e contou com uma intervenção musical do P. Duarte Rosado, sj. Na abertura, o P. António Ary, sj destacou a importância de reconhecer o corpo alargado da missão social inaciana: “O trabalho social pode ser muito exigente, porque as realidades que assistimos são muitas vezes duras, áridas. Mas é bom podermo-nos congregar aqui e lembrar que fazemos parte deste corpo, cada um com a sua identidade própria, partilharmos a pertença a este corpo.”

Houve também lugar à apresentação de cada uma das obras presentes, num momento de partilha e conhecimento mútuo. Cada organização teve a oportunidade de dar a conhecer a sua missão, os principais projetos em curso, as áreas e geografias de intervenção, evidenciando a riqueza deste corpo apostólico, comprometido com a justiça social, o cuidado da Casa Comum e a dignidade de cada pessoa.
Na parte da tarde, a Irmã Irene Guia, aci, da congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, propôs uma reflexão com o título “Partículas do bem e adversários do absurdo”. Apelou a uma reforma de atitude na forma de cuidar e servir os outros, lembrando que “somos todos feitos para a vida e vida em abundância!” e que “somos pessoas quando entramos em relação com os outros.” Exortou os participantes a viverem a missão como “partículas de bem” na vida dos mais frágeis, afirmando: “o que nos une é o amor aos últimos”, e desafiando cada um a “chamar a um estranho, irmão”.

A CAS representa o setor social da PPCJ e integra as obras e movimentos de inspiração inaciana com missão na justiça social e ecológica. Através de projetos em Portugal e África, os jesuítas e os seus colaboradores intervêm junto de refugiados, migrantes, pessoas sem-abrigo, crianças, jovens, idosos e todos os que se encontram em situação de maior vulnerabilidade.