Homenagem em Braga ao beato Miguel de Carvalho

Os 400 anos do martírio do beato Miguel de Carvalho, sacerdote jesuíta natural de Braga que integra o grupo dos mártires do Japão, assinalaram-se este domingo em Braga. Sessão contou com eucaristia e sessão comemorativa na cidade.

O IV centenário do martírio do Beato Miguel de Carvalho foi celebrado em Braga, sua terra natal, no domingo, dia 25 de agosto. Esta celebração consistiu fundamentalmente em dois atos públicos solenes, ambos presididos pelo Arcebispo Primaz, D. José Cordeiro, tendo contado com a participação da comunidade jesuíta da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa, de responsáveis culturais e religiosos locais e de alguns familiares referentes ao Beato.

A eucaristia que decorreu na Sé de Braga foi concelebrada por uma dezena de sacerdotes, acompanhada pelo Coro e Órgão da Sé e participada por uma assembleia que enchia o espaço do templo. Tanto a introdução à celebração, pelo P. António Júlio Trigueiros, como a homilia de D. José Cordeiro, muito contribuíram para uma digna evocação religiosa e litúrgica do glorioso mártir. “O martírio significa o mais alto testemunho dado pelo Evangelho, isto é, pelo sonho de levar Jesus a todos com a alegria da esperança”, disse D. José Cordeiro, numa homilia citada pelo ‘Diário do Minho’ e o site da arquidiocese local.

Da parte da tarde, realizou-se a Sessão Comemorativa no Salão Nobre do Museu dos Biscainhos, outrora residência da família do Beato Miguel de Carvalho, com a presença de individualidades descendentes da família do Beato e de uma dezena de jesuítas, para além de muitos amigos, que enchiam por completo o nobre salão. A sessão teve como oradores o P. António Júlio Trigueiros, jesuíta e historiador, e a Doutora Giuseppina Raggi, historiadora de arte, que apresentaram “Miguel de Carvalho, um mártir bracarense no Japão dos Tokugawa” e “A Pintura de Manuel Furtado de Mendonça no Museu dos Biscainhos”.

Entre as duas intervenções, foi lida por Mário Vilhena da Cunha (descendente da irmã do Beato Miguel de Carvalho) a carta manuscrita pelo Beato Miguel de Carvalho, no dia anterior ao seu martírio. O precioso original desta carta, guardado em relicário próprio, esteve exposto à veneração de todos os participantes.

Fotografias: Arquidiocese de Braga