Na Brotéria de fevereiro, Filipa Oliveira questiona se “A cultura é um luxo?”; se a cultura será um privilégio, um artigo de luxo, uma necessidade ou um direito? Depois, a Brotéria olha para três livros incontornáveis: a Bíblia, a Divina Comédia e Grande Sertão: Veredas. Francisco Martins SJ pergunta “Quem escreveu a história sagrada?” se Deus, se os homens; em “Dante: o riso do universo e a poética da encarnação”, Teresa Bartolomei expõe como “a dificuldade de toda a poesia é radicalizada, em Dante, pela sua pretensão religiosa”; para celebrar a recente publicação, em Portugal, da obra-prima de Guimarães Rosa, André Luís Araújo SJ escreveu “Grande sertão: (outras) veredas”.
Quanto à atualidade internacional, Paul Valadier explica-nos as “Incertezas Francesas”, um país que “é hoje como um paraíso povoado por pessoas que se julgam no inferno” e Lívia Franco esclarece como o assassinato do general Soleimani, em vez de começar uma guerra de grande escala, foi seguido do quase imediato abaixamento das tensões entre Irão e EUA.
Num texto que é um misto de crítica cinematográfica e bom senso eclesial, Marc Rastoin SJ olha para “Dois Papas”, um filme de Fernando Meirelles. Ainda a propósito do papado de Francisco, Ricardo Zózimo propõe reorientar o ensino de gestão e economia em “Economia de Francisco: ensino experiencial de economia e gestão”.
Finalmente, Walter Osswald apresenta o percurso de vida de “AlbertSchweitzer, pioneiro da bioética” e André Martins da Silva leva o leitor a descobrir “A Capela Real do Paço da Ribeira pela altura da sua elevação a Basílica Patriarcal”, que o terramoto de 1755 destruiu.
O caderno cultural apresenta as virtudes e as fragilidades de um filme (Grâce à Dieu), duas séries (The Devil Next Door e Succession), três exposições, uma peça de teatro e cinco livros de diferentes secções (arte, espiritualidade, história, literatura e política); mas seria uma pena não ler o Legómena onde a Madalena Meneses ensina a “Agradecer a eternidade no efémero” com a fotografia analógica.
Dia 28 de fevereiro, em mais um A BROTÉRIA SAI DO PAPEL, convidamos Lívia Franco e Ricardo Zózimo para uma conversa aberta a partir dos seus artigos. A seguir, o caderno cultural ganha vida.