A Direção Nacional é, muitas vezes, um “mistério” para quem não faz parte dela. Sabemos que estão sempre cheios de trabalho, mas não percebemos bem o que é de facto fazer parte dessa equipa. Por isso, pedimos aos vários membros para nos mostrarem um bocadinho do que por lá se faz.

O que é que significa para ti fazer parte da direção nacional?

Afonso Santos – Esta resposta foi mudando muito ao longo dos anos que estive na Direção Nacional. Se ao início era a oportunidade de pensar mais fundo os Gambozinos através de ideias novas, muito bem pensadas, ao chegar ao quarto e último ano, percebo que, mais importante do que esse pensar (que é importante!), fazer parte da Direção Nacional significa coordenar corações. Esta frase foi roubada de um grande animador que a usou para descrever um coordenador, mas penso que pode, muito bem, ser extrapolada para qualquer membro da direção. Coordenar corações significa servir e guiar pessoas concretas, num momento concreto (e não ideias, planos ou desejos abstratos). Significa acompanhar animadores, participantes e famílias tendo sempre como ponto de partida o cuidado personalizado por cada um, à maneira de Jesus.

 

António Martins – Pertencer à direção deste movimento é, para mim, uma responsabilidade muito grande, mas também uma grande alegria, é quase como se estivesse sempre para acontecer uma grande festa e eu pudesse ajudar a planeá-la com o meu grupo de amigos. Sinto que é uma graça muito grande poder pertencer a este grupo de pessoas que dão o seu tempo e disponibilidade para que muitas ideias ganhem vida e a associação continue a crescer dia após dia. Estar na Direção Nacional é, para mim, um desafio constante, mas relembra-me todos os dias do amor que eu tenho por esta associação.

 

Mariana Mello e Castro – Quando entrei na direção assumi muito a idade dos porquês, para perceber o porquê de cada coisa e ir percebendo todo o background desta associação! Após saber os porquês, passei à fase em que estou agora, que é a de poder sonhar com a garra toda, ao longo do ano, todos os caminhos e todas as coisas que podem ser feitas pelos gambozinos, e qual delas é a melhor e que vai mais de encontro ao que achamos que os Gambozinos precisam, tentando garantir sempre que o conceito da ALEGRIA GAMBOZÍNICA nunca falte!

 

Pe. Lourenço Eiró – Primeiro que tudo, é uma Missão, que me foi confiada por Deus, enquanto Jesuíta, através do Padre Provincial (Superior dos Jesuítas em Portugal). Faço parte da Direção dos Gambozinos na qualidade de Assistente Espiritual. Devo contribuir para que os trabalhos e decisões da Direção estejam em sintonia com a vontade de Deus para a Associação. Para isso ser possível, proponho momentos de oração entre os membros da Direção, assim como tenho a pasta da vida espiritual da GBZ: Capelães dos Campos de férias e outras atividades; cuidar da vida espiritual dos sócios e animadores; presidir às Eucaristias da GBZ; Etc. Tenho a responsabilidade de acompanhar e cuidar da vida espiritual do Movimento. Ao cumprir esta missão, devo apoiar o(a) coordenador(a) da GBZ, assim como os restantes membros da Direção, nas decisões difíceis que temos que tomar, garantindo que nos mantemos fiéis aos valores cristãos que orientam a nossa Associação.

 

Qual o maior desafio que sentes enquanto diretor da tua pasta?

Maria Coimbra – Provavelmente a resposta a esta pergunta muda de mês a mês. Neste momento seria equilibrar cuidar e acompanhar cada membro da Direção Nacional sem que sintam que não confio a 100% e sem me sobrepor. No geral, diria que o meu maior desafio é gerir inseguranças (minhas e da Direção Nacional) com as expectativas e opiniões de todos, sabendo sempre que no fundo queremos todos o mesmo: o melhor para os Gambozinos.

 

Lucas Gonçalves – Ter crescido nos Gambozinos e, especificamente, no Núcleo Norte, juntou-me a muitas vidas diferentes e, com elas, a muitos exemplos do que é ser gambozino. Cada uma destas vidas fez (e ainda faz) de mim melhor animado, melhor animador e melhor diretor. É, também, olhando para estes modelos que surge o meu maior desafio enquanto diretor do Núcleo Norte: aceitar a fragilidade e humanidade deste papel. Facilmente me deixo levar pela procura do diretor ideal entre estes testemunhos, e não do diretor que sou chamado a ser. Apesar disso, este desafio foi-se tornando consolador na Missão que me vai sendo confiada pela direção, pelos animadores, pelos gambozinos e pelo Senhor.

 

Pedro Lynce – Enquanto diretor da pasta das Finanças, sinto que o maior desafio consiste em conciliar a disciplina e rigor com que devem ser tratados os fundos da associação, e a capacidade de alterar planos em prol do que melhor servir os Gambozinos.

 

Pedro Silva – Na minha pasta, a maior dificuldade que sinto é conseguir, no meio de brainstormings e das ideias loucas e fora da caixa que vamos tendo, pôr os pés na terra e parar para perceber o que faz ou não sentido no momento, e concretizar de maneira prática aquilo que vamos construindo nas reuniões!

 

Francisca Granjeia – Talvez seja não me perder da verdadeira missão nos afazeres diários da pasta, e no dia-a-dia da Comunicação. Estar na Direção Nacional, implica não só um olhar para as tarefas que temos de fazer na nossa pasta, mas uma preocupação de olhar à volta e ter uma visão de como está tudo nos Gambozinos. Às vezes torna-se desafiante, conseguir conciliar as tarefas objetivas que temos de fazer, com a missão de ter tempo de qualidade e tranquilidade para sonhar os Gambozinos!

 

Gonçalo Marques de Almeida – O maior desafio que tenho na pasta do núcleo Oeste é conseguir acompanhar os animadores que fazem parte do núcleo. O núcleo Oeste tem muitos animadores, cada um com um papel muito importante, se há uma coisa que é certa é que são os animadores que fazem o núcleo Oeste avançar. Para mim o papel do Diretor do Oeste é acompanhar estes animadores, e isto tem sido um grande desafio, pois um acompanhamento bem dado é sempre difícil, mas vale muito a pena.

 

Bia Medina – Para mim, o maior desafio que sinto é o de cuidar e o deixar-se cuidar. Um diretor de pasta não é um membro isolado da Direção Nacional, estamos todos juntos, todos os meses, e é importante que nos deixemos cuidar e que estejamos atentos uns aos outros, o que na avalanche de dia-a-dia acaba por ser um grande desafio.