Os animadores dos gambozinos chegam de todos os lados, de todas as idades e de todas as realidades. Uns já trabalham, outros estão na faculdade, uns quase a reformarem-se disto que é animar, outros frescos, prontos para a sua primeira atividade. Aqui nada disso interessa, apenas o seu “sim”, basta. Mas rapidamente se percebe que nestas velocidades diferentes de movimentação do espírito, há que ter tempo para parar, recentrar e perceber em concreto, o que é isto que ando aqui a fazer e para que fui chamado. Este convite a fazermos parte dos gambozinos e, em concreto, de um núcleo, não só nos torna dignos de lá estarmos, pois foi Ele que nos escolheu e nos enviou, como também traz consigo a responsabilidade de estarmos inteiros e não só a ocupar mais uma tarde de sexta-feira.

Neste sentido, os núcleos fazem um serão de formação que se pode limitar a uma tarde ou estender por um fim de semana inteiro, conforme o mais indicado. Este mês, todos os núcleos tiveram o seu serão de formação. Neste, todos são chamados a estar, independentemente da quantidade de campos que já animaram, pois serve para reordenar os corações e também para ambientar os novos animadores. A cereja no topo do bolo é quando o serão termina no bairro, o que dá para alguns animadores matarem saudades dos gambozinos que já não vêm desde o verão e para outros conhecerem os gambozinos que vão animar e as suas famílias, que acabam por também fazer parte.

Sempre ouvi dizer que quem vai sozinho vai depressa, mas que quem vai acompanhado vai mais longe. E, nos gambozinos, temos ido muito longe.

 

Alice Burguete