Os Gambozinos escolheram como linhas de força para nos guiarem ao longo do ano uma frase tirada do Evangelho de S. João (Jo 15,16): “Fui Eu que te escolhi e te enviei”. Esta frase é dita por Jesus no contexto da Última Ceia, quando estava prestes a entregar a Sua vida, no maior gesto de amor. É fácil de perceber que palavras ditas em tal contexto têm um peso enorme; no fundo, são a vida de Jesus condensada em palavras.
Neste texto – Jo 15,1-17 – Jesus começa por nos dizer para permanecermos n’Ele, como os ramos permanecem ligados à videira. Era muito bom que reconhecêssemos que somos escolhidos, cada um, e que Jesus quer que n’Ele encontremos vida e alegria.
Jesus, que nos escolhe, que Se antecipa, também nos envia, como somos, a sermos sinal do Seu amor e da Sua alegria. De uma forma muito concreta, envia-nos para que os Gambozinos sejam, neste mundo e na vida de cada um daqueles que servimos, sinal da verdade, da liberdade, da justiça, da alegria e da paz do Reino. Somos enviados para que os Gambozinos sejam sinal do Céu.
Jesus precisa dos Gambozinos e dos seus animadores para continuar a fazer maravilhas, para continuar a fazer milagres, daqueles milagres de todos os dias, tão habituais nos Gambozinos.
Por tudo isto, somos convidados a conhecer, a renovar ou a redescobrir a nossa missão nos Gambozinos, confiando neste Deus que Se antecipa, que nos escolhe e envia, que nunca nos deixa sós (como isto é tão verdadeiro nos Gambozinos!). Somos convidados a fazer frutificar as relações entre os ramos, entre animadores e animados, e destes com a videira, lugar da verdadeira vida e da verdadeira alegria.
Duarte Rosado, sj