A vida do P. Manuel Antunes, sj esteve muito voltada desde 1957, ano em que assumiu as funções de docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, para um meio exterior à Companhia de Jesus. Foram os seus dotes excecionais aliados à boa formação que recebeu na Companhia que moldaram uma personalidade rica e multifacetada e lhe traçaram um percurso apenas baseado nessas qualidades. Os anos em que se dedicou ao ensino, aparentemente afastaram-no da vida interna da Companhia, pois são poucos os jesuítas (se excetuarmos os membros da comunidade da Brotéria) que tiveram um contacto próximo com ele, até pelo seu caracter discreto e retirado. A verdade, porém, é que apesar de estar devotado ao ensino universitário numa universidade estatal, nunca se furtou ás missões que a Companhia lhe ia pedindo, seja no governo, seja como consultor ou congregado.
O P. Manuel Antunes não foi apenas o homem erudito que vivia no seu santuário de livros da casa de escritores da revista Brotéria, dividindo a sua vida entre a casa da Maestro António Taborda e a Faculdade de Letras. Manuel Antunes foi um jesuíta em tudo aquilo que os seus superiores lhe pediram e a que os votos solenes o obrigavam. Um jesuíta muito respeitado e escolhido pela província a que pertencia para ser por duas vezes o seu eleitor nas congregações gerais, para além de ter sido consultor da província ao longo de dez anos.
Num curriculum académico, cientifico e cultural, escrito por seu próprio punho e que se encontra no Arquivo da Província Portuguesa dos Jesuítas o P. Manuel Antunes resume assim a sua formação “seguiu em tudo o curso habitual da Companhia de Jesus: sete anos de preparatórios clássicos, incluindo o noviciado; curso superior de Letras e Humanidades Clássicas; curso filosófico feito durante quatro anos (1939/1943) no então Instituto Beato Miguel de Carvalho, de Braga, atualmente Pontifícia Faculdade de Filosofia, com a dissertação de licenciatura “Panorama da Filosofia Existencial de Kierkegaard e Heidegger”; curso teológico durante cinco anos (1946/1951) na Faculdade de Teologia de Granada (Espanha) e na de Namur (Bélgica)”. A isto se resumia a sua formação quando passou a lecionar na Faculdade de Letras.
1. Formador de jesuítas (1943/1946 e 1951/1955)
O primeiro grande serviço que prestou à Companhia foram os anos dedicados à formação de jesuítas. Iniciou esse serviço no designado tempo de magistério de 1943 a 1946 no Seminário da Costa, em Guimarães. Completando a sua formação em teologia em Granada em 1950 e após a terceira provação em Namur, no ano sucessivo, recebe nesse mesmo ano de 1951 a missão de lecionar as disciplinas de Literatura e Retórica Latina, Gramática Grega, Composição Literária, Literatura Portuguesa e Língua Latina aos estudantes da Companhia que terminam o Noviciado e frequentam o Curso Superior de Letras, aqui já no Seminário da Torre, em Soutelo.
2. Director da Revista Brotéria (1965/1972) e (1975/1982).
Desde muito cedo que colaborou na revista Brotéria desde 1940, com o seu primeiro artigo “A poesia modernista. De Orpheu a “Altitude”, escrito quando tinha vinte e dois anos. Colaborará mais assiduamente a partir de 1952 “quer com nome próprio, quer sob vários pseudónimos”, como ele próprio refere.
Quando foi destinado à comunidade da Casa de Escritores da revista Brotéria, em 1955, esteve até 1957 como investigador de História da Cultura na biblioteca da Brotéria.
Como ele próprio confessa: “Desde 1958 que utiliza, quase habitualmente, as férias estivais para trabalhar nas grandes bibliotecas europeias (Museu Britânico, Bodleyana de Oxford, Nacional de Paris, Nacional e Universitária de Munique, Universidade de Colónia, várias bibliotecas de Roma e de Milão, Centro Superior dos Estudos da Renascença de Tours, etc.) quer para visitar museus e estações arqueológicas onde as civilizações grega e romana deixaram vestígios, realizando por vezes essas viagens de Estudo como bolseiro quer do Instituto de Alta Cultura, quer da Fundação Calouste Gulbenkian”.
Desde 1958 que utiliza, quase habitualmente, as férias estivais para trabalhar nas grandes bibliotecas europeias (…) quer para visitar museus e estações arqueológicas onde as civilizações grega e romana deixaram vestígios,
Foi diretor da revista Brotéria desde Janeiro de 1965 até 1972 e depois de novo de 1975 a 1982. Escreveu na revista ao longo de mais de quarenta anos, 418 ensaios e 570 recensões de crítica literária, sob 125 diferentes pseudónimos. A secção cultural da Brotéria fundada em 1925, alcança significativa projeção e desperta interesse entre os meios culturais, a partir da colaboração assídua do P. Antunes. Mesmo assim numa reunião de avaliação do papel da imprensa dos jesuítas portugueses, realizada a 31 de Outubro de 1974, em pleno período pós-25 de Abril, reconhece-se que a Brotéria “é um ministério muito própria e atual da Companhia para “dar resposta cristã aos problemas reais do homem de hoje”” mas considera-se que “a sua apresentação deveria ser mais “mordente” e actualizada” mas que “apesar disso, tem aceitação nos meios culturais, como o provam as frequentes citações na imprensa”.
3. Superior da Casa de Escritores (1964/1967)
Foi superior religioso por breves anos. Tendo sucedido ao P. António Leite (que estava como superior desde 1958) a 6 de Novembro de 1964, a comunidade de que foi superior era composta por 10 padres e 4 irmãos, entre eles achavam-se o canonista António Leite, o poeta e literato João Maia, o redator da Brotéria Abílio Martins, seu irmão o medievalista Mário Martins, o historiador Domingos Maurício, o historiador de história da ciência e da filosofia, João Pereira Gomes. A estes somavam-se o sempre presente Irmão Góis, como porteiro e hortelão (que aqui viveu muitos anos) e o administrador da revista, Irmão Geraldes. Nessa época a paróquia de S. Francisco de Paula já se achava entregue à Companhia de Jesus. O P. Manuel Antunes deixou de ser superior a 26.11.1967, para ser novamente substituído pelo P. António Leite.
4. Consultor da Província (1965/1974)
O P. Manuel Antunes foi consultor desde 3 Fevereiro de 1965 até ao inicio de 1975. Como consultor acompanhou o último ano de provincialato do P. Lúcio Craveiro da Silva. No ano sucessivo de 1966 o P. José Carvalhais e por fim desde 1971 o P. Júlio Fragata. Participou assim dos órgãos de governo da província, num período complexo para os jesuítas portugueses e para a Igreja, com o descréscimo de vocações, a saída de muitos jesuítas e os novos desafios da revolução de 1974. Será igualmente o tempo de grandes decisões com as apostas na pastoral universitária (em Coimbra, com a fundação do o CUMN), no envio de jesuítas para regiões descristianizadas e problemáticas, como Algarve, as paróquias da margem sul e o complexo industrial de Sines.
Será igualmente o tempo de grandes decisões com as apostas na pastoral universitária (em Coimbra, com a fundação do o CUMN), no envio de jesuítas para regiões descristianizadas e problemáticas
5. Eleitor nas Congregações Gerais 31ª (de 1965) e 32ª (de 1975)
Quando em Setembro de 1964 morre em Roma o P. Geral João Baptista Janssens, estava a decorrer o Concílio Vaticano II. Logo de 3 a 5 de Janeiro de 1965 esteve a congregação provincial da Província Portuguesa reunida no Colégio das Caldinhas, tomando parte nela 49 padres e foram designados como eleitores para a Congregação Geral os PP. Manuel Antunes e António Leite. A 31ª Congregação de que resultou a eleição do P. Pedro Arrupe abre a 8 de Maio de 1965, quando faltavam sete meses para a conclusão do concílio Vaticano II. Isto explica porque é que a Congregação Geral teve duas sessões (8 de Maio a 15 de Julho de 1965 e 8 de Setembro a 17 de Novembro de 1966). De fato os Ecos da Provincia noticiam que a 26 de Junho de 1965 o P. Antunes regressou a Portugal da Congregação por causa dos exames na Faculdade.
A Congregação Geral realizou-se num clima otimista e esperançoso criado pelo Concílio onde muitos dos congregados eram peritos conciliares, e tinham consciência de ser chamados a abrir uma nova era na vida da ordem.
Foi decidido dedicar a segunda sessão ao aggiornare e repensar a missão da Companhia de Jesus, segundo as disposições do decreto Perfectae caritatis e o motu próprio Ecclesiae Sanctae para o que a Congregação Geral dedicou um total de 140 dias de trabalho e 123 sessões plenárias e aprovou 56 decretos, o que representa que esta Congregação Geral foi uma das mais importantes na história da Companhia de Jesus. A Congregação Geral realizou-se num clima otimista e esperançoso criado pelo Concílio onde muitos dos congregados eram peritos conciliares, e tinham consciência de ser chamados a abrir uma nova era na vida da ordem. Esta contava então com 36 mil membros, número máximo jamais alcançado. A Congregação Geral teve a tarefa de atualizar, fiel ao evangelho, à Igreja do Concílio, ao carisma inaciano e ao homem do nosso tempo, os elementos substanciais do Instituto. Neste trabalho delicado de necessária renovação, a Congregação Geral moveu-se em quatro direções:
-as estruturas internas de governo (os professos que participam numa congregação provincial deixaram de ter de ser apenas os mais antigos e passam ser escolhidos entre todos os que tivessem os últimos votos, sem excluir dentro de certos limites os irmãos e os coadjutores espirituais; o Padre Geral ainda que seja ad vitam poderia passar a resignar em caso de doença incapacitante, limitar a utilização determinante do exame ad gradum para aceder aos últimos votos);
-a formação espiritual e cultural dos jovens (provas de noviciado e planos da 3ª provação mais adaptados);
-os ministérios apostólicos (prioridades: a cultura e as ciências positivas, o mundo do trabalho e dos grupos profissionais, em especial os mais pobres, o apostolado social, a educação da juventude, colaboração dos leigos, uso dos media);
-a vida espiritual (primazia dos Exercícios Espirituais como património espiritual e escola de oração de um jesuíta).
Das cartas do Provincial, Lúcio Craveiro da Silva, que chegavam de Roma, numa refere que num dos intervalos da Congregação Geral “demos também os três mais alguns passeios, estes mais de estudo, pois foram para lugares que o P. Antunes tinha interesse em visitar por causa das suas aulas: Pompeia, Herculano e Villa Hadriana…”
Na Congregação Provincial de 1 a 5 de Abril de 1974, que decorreu no INA, Caldas da Saúde por maioria absoluta de votos foram escolhidos como eleitores os Padres António Leite e Manuel Antunes. Nesta congregação pela primeira vez, participaram 54 padres e irmãos: 12 que tinham direito a participar, 40 que foram eleitos pela província e 2 que foram escolhidas pelo P. Provincial com voto deliberativo dos consultores.
Nessa congregação os temas tratados serão o da identidade da Companhia e o seu caracter sacerdotal, o campo educacional na missão da companhia, a pobreza e vida comunitária, os problemas do ateísmo, secularização e justiça social, a supressão dos graus dentro da Companhia (que o Papa Paulo VI pediu para se não tocar).
Esta Congregação Geral XXXII (1 de Dezembro de 1974 a 7 de Março de 1975) foi considerada a decisão mais importante do generalato de Arrupe. O numero de jesuítas tinha baixado para 30 mil. A Companhia de Jesus parecia estar dividia em dois: as tensões mais fortes registaram-se na Holanda e em Espanha. A Congregação Geral aprovou três decretos decisivos: (dec. 2) O jesuíta hoje; (dec. 4) A nossa missão nos dias de hoje: o serviço da fé e a promoção da justiça; (dec 11) A união de corações: orientações para a vida espiritual e comunitária. Outra ideia chave foi a da promoção da inculturação (dec 4 e 5) e o uso do discernimento espiritual, integração vida apostólica e intelectual e vida espiritual e comunitária. Importante ainda o decreto 12 sobre a pobreza, que introduziu definitivamente a diferença entre obra e comunidade, cada uma com normas próprias.
Nestas duas importantes assembleias da Companhia universal, participou o P. Manuel Antunes, como congregado e daqui pôde beber todo o espírito reformador do concílio Vaticano II e a visão sobre a Companhia, a Igreja e o mundo do P. Pedro Arrupe.
6. O Padre Manuel Antunes e a Província no 25 de Abril de 1974.
Na transição para a Democracia os seus companheiros jesuítas pedem ao P. Manuel Antunes que lhes explique a situação politica do país. A Faculdade de Filosofia em Braga estava a viver uma situação delicada com a turbulência entre os alunos e em Évora a situação era a de verdadeiro braço de ferro entre comunidade docente e discentes. Assim numa reunião de superiores e diretores de obra convocada pelo Provincial Júlio Fragata, nos dias 17 e 18 de Junho de 1974, em Cernache, a escassos dois meses da revolução, figura na agenda dos trabalhos como ponto principal os problemas relacionados com a atual situação portuguesa. Os trabalhos foram orientados pelo P. Manuel Antunes.
O Boletim Informações da Provincia Portuguesa SJ, nº 40 de 24 de Junho de 1974 relata a leitura que Manuel Antunes faz da situação em Portugal.
“O P. M. Antunes começou por dar uma visão panorâmica dos principais movimentos políticos que agora actuam em Portugal e que figuram como possíveis partidos políticos num futuro próximo.
No centro esquerda situa-se o P.P.D. (Partido Popular Democrático) de Sá Carneiro, Magalhães Mota e Pinto Balsemão. Para a direita deste há uma série de tentativas mas quase só no papel. A maioria, porém, dos movimentos políticos, situam-se notoriamente à esquerda e são estes os que hoje têm maior audiência entre nós e que em força estão no sector do ensino, dos meios de comunicação social e nas autarquias locais como Câmaras Municipais, Juntas de freguesia, etc. Aparece nesses ambientes um grupo de pessoas que começam a tomar conta de tudo e os outros calam.
A traços largos o P. M. Antunes resumiu o ideário dos principais Movimentos, seu parentesco político com fórmulas equivalentes de outros países, a personalidade dos respetivos chefes, suas táticas e audiência no ambiente português.
Respondeu depois a várias perguntas dos presentes. Outros foram dando também boas achegas sobre o que tinha sido exposto e completaram a informação do P. Antunes, o que ajudou a esclarecer a assembleia sobre a atual realidade politica.
A seguir fez notar que era preciso situar esta realidade no jogo de interesses internacionais. As duas grandes potencias (URSS e USA) e a terceira que começa a surgir, a China, estão a repartir entre si o mundo, fazendo-se mútuas concessões e tolerando mútuas ingerências num lado, para ficarem com as mãos livres noutro. Resta saber quais os interesses da Rússia e da América no nosso país. Segundo esses interesses, para aí deverá pender a balança.
O problema mais difícil na actual fórmula política portuguesa é o de coordenação e harmonização dos quatros organismos detentores do poder: Governo Provisório, Movimento das Forças Armadas, Junta de Salvação Nacional e Conselho de Estado.
O problema mais difícil na actual fórmula política portuguesa é o de coordenação e harmonização dos quatros organismos detentores do poder: Governo Provisório, Movimento das Forças Armadas, Junta de Salvação Nacional e Conselho de Estado.
As principais incumbências do Governo Provisório são o saneamento da administração pública e a preparação das eleições. Mas este saneamento está a processar-se por imposição de baixo para cima, dando ocasião a muitas injustiças e a um jogo de paixões, cobiças e interesses pessoais ou partidários. O governo não tem conseguido controlar nem travar estas imposições. Limita-se quase só a fazer de bombeiro e a homologar factos consumados. Daqui a possibilidade duma perigosa deterioração da governação e o não cumprimento do plano previsto pela Junta.
Por outro lado, o antigo regime também tinha estruturas que apenas com mudar de sinal podem passar de um extremo para outro. O novo movimento sindical, por exemplo, controlado em grande parte pelo PCP e que funciona como prolongação e instrumento do partido, admitindo um dos males da antiga situação que era o sindicato único, está a criar novas forças sindicais e intersindicais. Quanto ao Conselho de Estado praticamente até agora não tem funcionado.
Dedicou-se especial atenção a tudo o que se relaciona com o sector do ensino, às linhas de participação que nele se está a promover, à organização sindical do professorado, na qual as forças da esquerda se estão a apoderar de todos os lugares chave, e às Comissões de mentalização de professores e alunos que é preciso fomentar com toda a urgência.
Para compreender a situação da Igreja no momento presente, é indispensável ter em conta que foi a Igreja do silêncio ou de certa colaboração com o regime. Está a gerar-se um clima de descrédito dos bispos, o que pode implicar que, quando falarem, talvez ninguém os oiça.
Mas o problema número UM é a questão do Ultramar em si mesma e nas consequências das soluções que se venham a tomar. O ideal parece que seria uma solução diferenciada para cada um dos três grandes territórios. Aparentemente parece que estamos num beco sem saída. Partir de um momento para o outro não convém. Não dispomos de riqueza, nem de meios de trabalho para absorver a população branca, coisa que nem sequer a França conseguiu quando foi da separação da Argélia, apesar de todos os seus recursos.
A Guiné, com ou sem Cabo Verde, parece caminhar rapidamente para a independência. Em Moçambique a Frelimo não representa a única posição política das comunidades de côr daquela Província. É muito difícil conseguir lá uma coexistência pacífica de todas as Comunidades. Estão muito interessadas naquela província a China, a Zâmbia, a Rodésia, o Malawi e a África do Sul na parte que fica ao sul do Limpopo. Em Angola há mais unidade territorial e, por isso, é muito menos pronunciado o antagonismo das Comunidades. É Província muito cobiçada pela América, Rússia e Brasil.
A melhor solução para as três Províncias parece ser o referendo porque mais conforme ao direito natural e internacional.
Para compreender a situação da Igreja no momento presente, é indispensável ter em conta que foi a Igreja do silêncio ou de certa colaboração com o regime. Está a gerar-se um clima de descrédito dos bispos, o que pode implicar que, quando falarem, talvez ninguém os oiça.
A Companhia trabalhou em geral muito isolada, fora do plano de ação do episcopado, que na realidade também não existia, e seguiu a tónica geral da Igreja. Muitos são os problemas que hoje se nos apresentam
A vida do P. Manuel Antunes há-de ser compreendida como a de um jesuíta fiel à missão que a Companhia lhe confiou, colocando ao serviço os seus muitos dons, servindo o mundo da cultura.
Conclusão
A vida do P. Manuel Antunes há-de ser compreendida como a de um jesuíta fiel à missão que a Companhia lhe confiou, colocando ao serviço os seus muitos dons, servindo o mundo da cultura, particularmente pelas suas capacidades de pedagogo e pensador, mas procurando igualmente ser muito útil aos seus companheiros de ordem, quer pela disponibilidade revelada para cargos de governo e de consulta, quer na formação dos membros mais jovens da Companhia, quer no próprio modo pedagógico como ajudou os jesuítas portugueses a acolher a Democracia que se vinha instalando em Portugal.
Outros textos sobre o Padre Manuel Antunes.
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.