Fratelli tutti: fraternidade para o mundo e para cada um de nós

Não há aspiração humana (mais ainda cristã) que deixe de apontar para a abertura ao outro, à fraternidade... e à fraternidade com todos....Por isto, Fratelli Tutti é um documento que nos inspira mas, sobretudo, nos envia!

Não há aspiração humana (mais ainda cristã) que deixe de apontar para a abertura ao outro, à fraternidade... e à fraternidade com todos....Por isto, Fratelli Tutti é um documento que nos inspira mas, sobretudo, nos envia!

1- Pontos de Abertura

Fratelli Tutti é uma encíclica que nos inspira a ver, julgar e agir no horizonte da fraternidade universal. Parte de dentro da Igreja mas de uma Igreja cada vez mais porosa, aberta a inspirações externas e capaz de inspirar todas as periferias. Até o samba brasileiro está presente, com a lírica de Vinicius de Moraes que nos apresenta a vida como a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida (215), qual metáfora da morte e Ressurreição, lastro da fraternidade.

Acedi ao convite de fazer uma síntese e um eco em mim deste documento do sumo pontífice, mas, desde logo, ciente da dificuldade em colher sumo de tanto sumo… Costumo lembrar aos meus alunos, principalmente quando me apresentam documentos extensos de mais, aquela máxima de Pascal: “escrevo-te esta carta longa porque não tive tempo de a escrever curta”. No vertente caso, desde o início da leitura, apercebi-me que, mesmo com muito mais tempo, não conseguiria dizer com poucas palavras as muitas ideias que já em mim ecoam. Logo do final da primeira leitura resultou um excesso de sublinhados quase impossível de conter nesta esforço de síntese… Por isto mesmo, e antes de mais, recomendo a leitura total, paciente, consoladora e desafiante deste documento oferecido a todos nós.

Esta obra traz, no geral, o embalo de toda a história da Igreja e, em particular, resume e interliga as múltiplas reflexões, intervenções e outros documentos do Papa Francisco. Faz a ponte entre a inspiração de sempre, tomada em Cristo, no século primeiro, e uma leitura moderna e lúcida deste tempo que vivemos no século XXI. A inspiração do título (Fratelli Tutti) é de um Santo, precisamente, São Francisco, do século XIII (o mesmo que inspirou a encíclica Laudato Si e de quem o Papa se aproxima bastante, a começar no próprio nome que escolheu para o seu pontificado). São curiosos os dinamismos em espiral que atravessam todos os tempos: assim como São Francisco foi marcado pela sua visita ao sultão Malik-al-Kamil, que o inspirou a recomendar que se evitem todas as formas de agressão e contenda e a viver a humildade e a fraternidade mesmo com quem não partilha a nossa Fé (3), o Papa Francisco reconhece no seu encontro com o Grande Imã Ahmad Al-Tayyebalgo determinante no rumo desta encíclica (285). Esta impulsão no dinamismo ecuménico e inter-religioso, que tem na fraternidade uma charneira comum, sublinha a não autorreferenciação mas a Igreja “em saída”, que Francisco não se cansa de afirmar, dando assim tónus à identidade cristã (282) marcada pela novidade, pelo encontro, pela abertura, pela não defensividade e pela fraternidade (277).

O documento está dividido em sete capítulos, que vão desde um olhar acutilante sobre o nosso mundo e as suas sombras (I) à própria questão das religiões face ao desafio da fraternidade (VII). No meio, referências a questões cruciais do nosso tempo, como as migrações, a organização social, a era da digitalização, o mundo da política, da economia e da cultura. Um olhar atual, com os óculos da fraternidade. Na organização temática, sublinharia algumas palavras ou expressões que falam por si e nos dão conta do rumo seguido neste documento: “mundo fechado”, caminho, abertura, amizade, encontro e serviço.

Em todas as secções (não poderíamos estranhar isso em Francisco…) há referências constantes aos mais excluídos, preocupações particulares com aqueles a quem o Papa tem chamado os “(cruelmente) descartados da sociedade” (19): idosos, deficientes, estrangeiros, frágeis, mulheres indefesas, indigentes, últimos, etc… Fratelli Tutti…

Uma nota final nesta introdução para destacar que apesar do estilo expectável da encíclica, muito prática, quotidiana, positivamente banal e sem rodeios, há substrato de grande valor teológico, filosófico e cultural (81, 134, 206, 216). Esta observação é importante para amparar críticas (quanto a mim injustas) que vão sendo feitas a este papado, principalmente de dentro da Igreja, que apontam certa falta de densidade conceptual na base do pensamento de Francisco.

Uma nota final nesta introdução para destacar que apesar do estilo expectável da encíclica, muito prática, quotidiana, positivamente banal e sem rodeios, há substrato de grande valor teológico, filosófico e cultural.

 

2- Pontos de inspiração

O que desenvolvo neste segundo ponto são os sublinhados pessoais mais relevantes do documento. Não só assumo a subjetividade do processo, no que diz respeito às escolhas feitas, como intuo que, em releituras seguintes, me focaria em zonas diferentes.

a)    A cumplicidade entre esta encíclica e a Laudato Si é evidente: Cuidar do mundo que nos rodeia e sustenta significa cuidar de nós mesmos. Agora somos desafiados a constituirmo-nos como um «nós» que habita a casa comum (17).

b)    Referências muito concretas a situações atuais como a pandemia por Covi19 (32) ou a tensões relacionadas com as migrações e outros problemas das sociedades onde vivemos. Estamos todos numa clara emergência de interfragilidade, que não permite soluções individualistas mas sim sistémicas e plenas de solidariedade. Os caminhos terão também na fraternidade (e não noutros mecanismos) a verdadeira solução: “a tentação de fazer uma cultura dos muros, de erguer os muros, muros no coração, muros na terra, para impedir este encontro com outras culturas, com outras pessoas. E quem levanta um muro, quem constrói um muro, acabará escravo dentro dos muros que construiu, sem horizontes. Porque lhe falta esta alteridade” (27).

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Papa a assinar a encílica Fratelli Tutti

c)    Ao citar com frequência outros papas, Santos de vários tempos e documentos variados, o Papa coloca também visível o positivo valor da tradição, expondo a Igreja na sua matriz de barca ajudante, capaz de permanecer firme, proponente, lúcida e atuante nas tempestades das gerações. Em particular, aqui e ali, compreende-se uma agenda ainda importante e urgente de atualizar o Concílio Vaticano II, ele próprio bastante apontador – para fora – de que somos, de facto, Fratelli Tutti: “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração”. (56)

d)    Como não poderia deixar de ser, a raiz bíblica da fraternidade é muito explorada neste documento. O centro nevrálgico do desafio fraterno é muito bem colocado na pergunta de Deus a Caim em Génesis 4: “onde está o teu irmão?” (57). Os pontos 62 a 72 da encíclica, por sua vez, desenvolvem de forma inspirada e inspiradora a parábola do bom samaritano como lema de fraternidade.

e)    A abertura aos outros como missão e como expressão de liberdade não conhece exceção nos seus protagonistas. A família e o seu valor, não escapam: “O vínculo de casal e de amizade está orientado para abrir o coração em redor, para nos tornar capazes de sair de nós mesmos até acolher a todos. Os grupos fechados e os casais autorreferenciais, que se constituem como um «nós» contraposto ao mundo inteiro, habitualmente são formas idealizadas de egoísmo e mera autoproteção” (89).

f)     A aspiração a uma genuína liberdade passa pela fraternidade. Falsas aparências de “liberdade individual”, muito veiculadas na cultura contemporânea, geram uma separação nada humanizante entre a pessoa e o contexto (111). O não cumprimento de indicações justas e oportunas, sanitárias ou de organização social, podem ser disto um bom exemplo.

Ao citar com frequência outros papas, Santos de vários tempos e documentos variados, o Papa coloca também visível o positivo valor da tradição, expondo a Igreja na sua matriz de barca ajudante, capaz de permanecer firme, proponente, lúcida e atuante nas tempestades das gerações.

g)     Há no documento inúmeras referências a problemáticas sociolaborais, onde se sugere a fraternidade numa perspetiva mais sustentável. Chama-se à atenção para um certo caráter provisório e insuficiente do pão necessário, em confronto com a importância do “trabalho para todos” (127).

h)     A política merece um particular destaque nas preocupações de Francisco e neste confronto do mundo com a fraternidade. O capitulo V (“A política melhor”, embora se pudesse chamar a “política menor”, pelas múltiplas críticas a certa forma de fazer política…) é o mais longo do documento. Há, de facto, uma via da política para e na fraternidade, onde a inspiração cristã… pode ser inspiradora (165, 180, 194). Não pode estranhar-se uma insinuação fortemente crítica aos populismos (156), ao neoliberalismo desregrado (168), à corrupção (176). Apreciei o apontamento de valorização e redignificação de organizações como a ONU (173) e as muitas menções justificadas à nobreza da política (186, 197) que, na senda do Vaticano II, convocam os cristãos para o empenhamento político.

i)      Merece uma referência minimamente patriótica (…) a invocação do documento dos Bispos portugueses (178), citando, a bom propósito da fraternidade, que a “a terra é um empréstimo que cada geração recebe e deve transmitir à geração seguinte”.

j)      Está presente uma alusão crítica e equilibrada no que concerne às comunicações digitais e aos seus contextos de utilização: “a difusão altissonante de factos e reivindicações nos media, na realidade o que faz muitas vezes é obstruir as possibilidades do diálogo” (201). Com efeito, o conhecido e experimentado ruído dos média e da redes sociais, que se nos oferece e tanta vezes nos esmaga, pode impedir a genuína e desejável fraternidade. É verdade que, bem usados, os meios digitais podem ajudar (205) mas, como em quase tudo, é preciso discernimento, disciplina e boa ação para que estes recursos contribuam para a fraternidade universal.

k)     É de destacar o apontamento de que os encontros que se desejam para construir a fraternidade não significam voltar ao período anterior dos conflitos (226). Os processos de reconciliação demandam grande criatividade e procura de “terceiras vias”, que quebrem as dicotomias e oposições primárias e sem saída (233). Ajudam e são crucias, com toda a certeza, as inspirações cristãs do perdão, ainda que sem ingenuidades nem facilitismos, que escamoteiem que “perdoar não significa que continuem a espezinhar a dignidade…” (241).

l)      Convém tomar nota das posições emergentes que esclarecem a posição atual da Igreja sobre a guerra e a pena de morte. A “guerra justa” parece não ter lugar (258) e a pena de morte (263), ou mesmo a prisão perpétua, “pena de morte escondida” (268), são consideradas inadmissíveis na plataforma de uma visão cristã de fraternidade.

m)    Como seria previsível, são focados e desmantelados os laivos de radicalismo religioso (284), apontando-se, pelo contrário, o potencial de fraternidade alcançável nas e pelas religiões, cada uma com sua contribuição (283).

Como seria previsível, são focados e desmantelados os laivos de radicalismo religioso (284), apontando-se, pelo contrário, o potencial de fraternidade alcançável nas e pelas religiões, cada uma com sua contribuição (283).

 

3- Pontos de interrogação

Um documento como este tem sempre, além do conteúdo explícito, aberturas que se podem constituir como janelas de inspiração mais lata. Por outro lado, aqui e ali, permito-me chamar à atenção, não tanto de fragilidades ou dissonâncias críticas em relação às palavras do Papa, mas de possibilidades de certa distorcida interpretação ou enviesada (não) contextualização que outros possam fazer.

i)      E a Igreja não é também, muitas vezes, palco de obstáculos à fraternidade?

Ao criticar os estados e certos aspetos da cultura atual, não podemos deixar de olhar para nós mesmos, enquanto Igreja, e reconhecer que, não raras vezes, somos também impedimento fraterno. Podemos todos concordar que “uma maneira eficaz de dissolver a consciência histórica, o pensamento crítico, o empenho pela justiça e os percursos de integração é esvaziar de sentido ou manipular as «grandes» palavras. Que significado têm hoje palavras como democracia, liberdade, justiça, unidade? Foram manipuladas e desfiguradas para serem utilizadas como instrumento de domínio, como títulos vazios de conteúdo que podem servir para justificar qualquer ação” (14). Pois bem, teremos de estar conscientes, como cristãos, dos aspetos subtis como também nós gastamos as palavras e lhes esvaziamos o sentido, com esmagamentos mais ou menos moralistas e estéreis. Caridade, serviço, sacramento, liberdade, são gritos de Cristo que, ao longo da história e ainda hoje, nalguns recantos sombrios da Igreja que somos, são (não) mostrados como opulência, poder, exterioridade clerical ou aprisionamento. Sublinho esta tensão autocrítica mas esclareço que o Papa Francisco não deixa de dar os seus recados críticos internos, como faz, por exemplo, a propósito de certos lugares digitais de movimentos da Igreja Católica Romana que são plenos de agressividade e estimulam a polarização discursiva, em claro desalavancamento da fraternidade (46).

ii)     O acolhimento aos refugiados pode tanger práticas ingénuas e não sustentáveis?

O texto desta encíclica, em clara concordância com a agenda de Francisco, dá uma atenção específica e desenvolvida à questão dos refugiados. Não podia deixar de ser assim. No acolhimento e na hospitalidade ao estrangeiro está o cerne da fraternidade. Além disso, somos todos migrantes ou ex-migrantes, peregrinos a e em caminho, sempre em processo, via Fratelli Tutti. Ao encorajar com um sentido muito prático todos os Estados a humanizar as estruturas e as dinâmicas de acolhimento de refugiados, o Papa está, tão só, a ser Cristão. Há que reconhecer, contudo, que convém impregnar as integrações migrantes de realismo sustentável. Um voluntarismo de coração muito afetado pela sensibilidade e, pouco amparado pela racionalidade e pela operacionalidade, pode estar a remendar para pior, pode alimentar redes de tráfico humano, pode ser insustentável e pode até, ironicamente, alimentar populismos. Francisco está atento a este fenómeno e convoca até para a solidariedade um termo curioso, a “solidez” (115), que pode inspirar o acolhimento de refugiados com uma estruturação mais robusta.

iii)    Um mundo assim tão dividido tem lugar para a esperança?

Não poderíamos esperar de Francisco um discurso morno, poupado nas palavras que descrevem o mundo onde estamos inseridos, pleno de idiossincrasias e incoerências. O próprio título do capitulo I, “as sombras de um mundo fechado”, fala por si. Neste aspeto, porém, tenho um certo receio de palavras do Papa tiradas do contexto sistémico, que nunca esquece a esperança, serem mal usadas. A “terceira guerra mundial aos pedaços” (25) é um termo forte, que tem sentido na sua alusão crítica metafórica mas cuja interpretação literal descontextualizada permitiria algum instinto incendiário. Há que somar essas palavras duras às mensagens de esperança radical subjacentes a todo o documento: “Apesar destas sombras densas que não se devem ignorar, nas próximas páginas desejo dar voz a tantos percursos de esperança“(54). Por outro lado – e este é um tónus muito pessoal onde até posso admitir algum déficit denunciador da minha parte – pergunto-me sempre se temos consciência de que os males de hoje são também traços da história e não está dito nem provado que as coisas vão de mal a pior… A este propósito, no ponto 154, que diz “Mas hoje, infelizmente, muitas vezes a política assume formas que dificultam o caminho para um mundo diferente”, eu suprimiria a palavra ‘hoje’ (porque sempre assim foi e porventura será).

iv)    Poderá haver caminhos mais disruptivos para a fraternidade?

Um documento desta natureza é muito mais apontador do que prescritivo. Ainda bem que assim é. Mas é verdade que, nas entrelinhas, há convites para esquemas mais originais, que permitam sair de certos vícios de olhar e de ação, impeditivos da fraternidade. O Papa desafia os políticos a resolver o problema dos mais desfavorecidos e chama à atenção que pode parecer uma utopia ingénua (190) mas que é o processo pelo qual se constrói a fraternidade. Não duvido da inspiração dessa utopia e entendo que a criatividade utópico-realista, por vezes disruptiva, pode e deve ser convocada. Em termos de modelo político-económico-social, para dar um exemplo, entendo que podemos com seriedade procurar novas vias como o Rendimento Básico Incondicional (RBI), com base na doutrina social da Igreja e, quanto a mim, que sou entusiasta desta possibilidade, conducente à fraternidade universal.

Ao criticar os estados e certos aspetos da cultura atual, não podemos deixar de olhar para nós mesmos, enquanto Igreja, e reconhecer que, não raras vezes, somos também impedimento fraterno.

4 – Pontos de envio

Não há aspiração humana (mais ainda cristã) que deixe de apontar para a abertura ao outro, à fraternidade… e à fraternidade com todos….Por isto Fratelli Tutti é um documento que nos inspira mas, sobretudo, nos envia!

O Papa Francisco volta neste documento a apontar o grande valor da diversidade, nas relações humanas, na cultura, nas sociedades e nas religiões. Contra todos os uniformismos (100), Francisco lembra-nos que a fraternidade se tece precisamente no encontro feito de riquezas, diferenças e novidades. Para o mundo e para a Igreja, Francisco usa com frequência, mais uma vez, a imagem do “poliedro de muitas faces” (144).

Esta leitura induziu-me uma questão: o que nos falta? O que me falta? Respondi a mim mesmo: talvez render-me à fraternidade… e fraternidade a todos, sem exceção. Talvez ceder… Talvez ‘seder’ (invento a palavra, com um ‘s’, para me referir à procura da sede que, sendo sede do outro, é sede de Deus). O que nos falta é a fraternidade que nos torna humanos porque irmãos. E porque a fraternidade é para todos e porque ser cristão é ser inteiramente humano, o que nos falta é ser cristãos-humanos.

Termino como comecei: Fratelli Tutti é uma encíclica que recomendo ler e saborear. Envia-nos a experimentar e a viver a fraternidade, que nos toca e que toca o mundo!

O Papa conclui esta encíclica com uma referência a um desejo formulado a um amigo, por Charles de Foucauld. Solicitava então: “que Deus nos inspire a que sejamos realmente irmãos de todos” (287). Fratelli Tutti, portanto. Talvez isto baste.

Desejo para mim e para todos que as nossas preces, feitas vida, se embalem na proposta orante do final deste documento, para que se “mostre a beleza refletida em todos os povos da terra, para descobrirmos que todos são importantes, que todos são necessários, que são rostos diferentes da mesma humanidade amada por Deus. Amen”.

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.