Férias com Deus – há uma luz que nunca se apaga

A terceira Preferência Apostólica Universal da Companhia de Jesus aponta para os mais jovens e para o caminho que se faz com eles. Por isso, hoje é o movimento de Campos de Férias CAMTIL a deixar-nos uma proposta de oração.

A terceira Preferência Apostólica Universal da Companhia de Jesus aponta para os mais jovens e para o caminho que se faz com eles. Por isso, hoje é o movimento de Campos de Férias CAMTIL a deixar-nos uma proposta de oração.

Parte 1 

Coloco-me na presença do Senhor procurando um lugar calmo e confortável (a natureza pode ajudar). Tomo consciência da Sua presença.

Parte 2

Peço a Graça de confiar no amor e na misericórdia de Deus.

Começo por ler a passagem do Evangelho de São Marcos com calma. Posso ler e reler, sublinhando ou não as palavras que mexem mais dentro do meu coração. Se me ajudar, contemplo a imagem abaixo, que retrata de uma forma muito bonita esta passagem.

«Certa mulher, vítima de um fluxo de sangue havia doze anos, que sofrera muito nas mãos de muitos médicos e gastara todos os seus bens sem encontrar nenhum alívio, antes piorava cada vez mais, tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-lhe, por detrás, nas vestes, pois dizia: “Se ao menos tocar nem que seja as suas vestes, ficarei curada”. De facto, no mesmo instante se estancou o fluxo de sangue, e sentiu no corpo que estava curada do seu mal.

Imediatamente Jesus, sentido que saíra dele uma força, voltou-se para a multidão e perguntou: “Quem tocou as minhas vestes?” Os discípulos responderam: “Vês que a multidão te comprime de todos os lados, e ainda perguntas : ‘Quem me tocou?’”. Mas Ele continuava a olhar em volta, para ver aquela que tinha feito isso. Então, a mulher, cheia de medo e a tremer, sabendo o que lhe tinha acontecido, foi prostrar-se diante dele e disse toda a verdade. Disse-lhe Ele: “Filha, a tua fé salvou-te; vai em paz e sê curada do teu mal.”» Mc 5, 25-34

Parte 3

“HAVIA DOZE ANOS”

Vivemos há mais de um ano em pandemia, com limitações atrás de limitações, isolados de quem mais gostamos, com familiares doentes, com medo de estar, de fazer, de viver.

Imagino-me na pele desta mulher, doente há 12 anos, provavelmente isolada do mundo pelo seu estado, limitada por uma doença, sem esperança, uma vida de desânimo e até mesmo de desespero. Penso no ano que passou e identifico os momentos em que me senti mais desanimado, os momentos mais difíceis ou aqueles dias em que a esperança parece ter desaparecido.

“VEIO POR ENTRE A MULTIDÃO E TOCOU-LHE”

Ouvindo falar de Jesus, a mulher colocou-O como luz da sua vida. Arriscou tudo e, contra a multidão, tocou em Jesus. Confiou que apenas um toque na roupa de Jesus a podia salvar, e de facto assim foi.

Onde coloco a minha confiança? Atiro-me para tocar a vida Jesus ou fico quieto no meu conforto?

Será sempre a fé que nos salva! Essa confiança que nos faz desejar ser do Senhor e entregarmo-nos à Sua Graça e a tudo o que Ele quiser fazer em nós e connosco. Não há maior alegria do que sair do nosso conforto e pormo-nos a caminho com o Senhor da vida e da alegria. Hoje entrego-me a esta relação com o Senhor e peço-Lhe uma fé/confiança forte que não me faça vacilar!

O que poderei fazer para a minha fé ir crescendo? O que tem faltado? O que me impede/prende de dar o passo que esta mulher deu?

Penso numa coisa concreta que possa fazer durante o verão para conhecer melhor o Senhor e assim confiar mais Nele e no Seu amor.

Parte 4

Acabo este tempo de oração agradecendo este momento com o Senhor. Peço-Lhe que aumente a minha fé/confiança! Se ajudar posso ler o Salmo 27 (26).

“Confia no Senhor! Sê forte e corajoso, e confia no Senhor!”  Salmo 27(26)

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.