Exposição – A noite bate em branco

A nova exposição da Brotéria junta os artistas Ana Morgadinho, José Quintanilha e José Sottomayor, conjugando diferentes meios disciplinares, entre a fotografia, a escultura e a instalação e está aberta ao público até 6 de janeiro.

A nova exposição da Brotéria junta os artistas Ana Morgadinho, José Quintanilha e José Sottomayor, conjugando diferentes meios disciplinares, entre a fotografia, a escultura e a instalação e está aberta ao público até 6 de janeiro.

A vida é um dia entre duas noites; a arte inflama esse dia.
— Tomás Maia

 

A mais recente exposição da Brotéria foi inaugurada a 2 de dezembro e decorre até ao dia 6 de janeiro, apresentando o trabalho dos artistas Ana Morgadinho, José Quintanilha e José Sottomayor.

A noite bate em branco  conjuga diferentes meios disciplinares, entre a fotografia, a escultura e a instalação. Desenha-se um trajeto que acentua a exploração dos valores da luz enquanto possibilitadora da visão. Novos feixes de luz lançados sobre uma noite, fazem, metaforicamente, romper a invisibilidade abrindo novas hipótese ao acto de ver. Uma noite a branco inventa, com uma forte velocidade, a conversão do olhar.

 

Quem são os artistas? 

Ana Morgadinho
Vive e trabalha em Lisboa. Fez a sua formação no Ar.Co (Centro de Arte e Comunicação Visual), Lisboa, onde concluiu o Curso de Pintura e o Curso Avançado de Artes Plásticas em 2011. O seu trabalho debruça-se sobretudo na exploração dos materiais, nas suas potencialidades e nas suas ligações, baseando-se em referências filosóficas, literárias e científicas. Olhando para a cultura, a natureza, o orgânico, o mineral e o intelectual, esbate as fronteiras de cada campo, evidenciando a malha de conexões entre todas as coisas e o próprio ser humano. Os seus trabalhos cruzam pintura, desenho, objecto, instalação e escultura. Pensa o mundo na sua fragilidade e efemeridade, aceitando encontros ou aleatoriedades trazidas pelos materiais, formas, objectos e espaços.

José António Quintanilha
O seu percurso académico inclui o mestrado em Arte e Multimédia, especialização em Fotografia na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e o AR.CO (Centro de Arte e Comunicação Visual), onde concretizou o Curso Avançado de Artes Plásticas, o Curso Avançado de Fotografia e Projeto Individual em Artes Plásticas. No seu trabalho, tenta encontrar uma formulação para a fotografia onde o *medium* possa ser entendido como uma linguagem expressiva e alegórica. Concentrando-se na sua relação com o tempo, a memória, a estranheza, a alienação, a tradição cultural e o património, o seu objetivo ao trabalhar estes conceitos é antes colocar questões no lugar de esperar respostas. Afastando-se da superabundância de informações e da velocidade que o mundo digital ilustra, explora silenciosamente o material. Na sua prática fotográfica usa unicamente o processo analógico, sendo ele a concretizar todo o trabalho em laboratório, incluindo a respetiva impressão das provas.

José Sottomayor
Lisboa, 1997. Estudou na escola secundária Artística António Arroio, onde se especializou em cerâmica. Licenciado em escultura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Entre 2019 e 2020, fez a sua primeira exposição individual – “Where is the purple man” – no espaço Duplex. Participou em alguns projetos coletivos como a “Casa da dona Laura 4”, “Yellow is where the art is” e no festival SOMA. Dentro da Associação Cultural Pousio, é responsável pela de criação de novos projetos e coordenação de residências artísticas, como membro da direção da Pousio. O seu trabalho começa com uma grande recolha de materiais e foca-se depois na exploração de um material em particular, procurando encontrar a forma que mais se adequa à sua plasticidade. Procura reconfigurar as intenções infantis de criar, partindo de memórias associadas às formas presentes na sua própria infância e sujeitando-se a recriá-las enquanto esculturas. Deste modo começa por usar, como referência, várias partes de jogos pelas suas formas coloridas, trabalhando em torno do carácter lúdico que é alusivo à existência prévia de uma possível função, jogando assim entre o útil e o inútil.

 

Horário
Segunda a sábado 10h às 18h
Entrada livre
Localização – R. São Pedro de Alcântara 3 

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.


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Esta secção é da responsabilidade da revista Brotéria – Cristianismo e Cultura, publicada pelos jesuítas portugueses desde 1902.

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