Uma oficina de escrita em quatro atos: a voz, a personagem, a história, o diálogo.
Ou, dito de outro modo: linguagem, ponto de vista, sentido, escuta.
Como é que podemos desaprender da melhor maneira?
Como é que podemos ver as coisas sempre de novo?
Como é que podemos iluminar cada pergunta?
Como é que escrever nos pode tornar mais atentos ao mundo?
O lugar da escrita faz-se de uma aparente contradição: o máximo de atenção e o máximo de liberdade. Descobri-lo é descobrir um bom lugar.
Em quatro sessões de trabalho prático, procuraremos que cada participante ensaie as formas mais livres da sua escrita. Chegaremos às questões de estrutura a partir de exemplos concretos. Falaremos também de estilo, géneros, pequenos truques e grandes princípios (em vez de regras fixas). E de como é que podemos juntar o melhor de dois mundos: primeiro, criar sem autocensura; depois, ganhar distância em relação ao nosso trabalho. Vamos escrever, escrever, escrever.
Módulo I
5 julho
Primeira sessão: a voz
O discurso sobre “encontrar a voz” confunde mais do que ajuda. O importante é escrever. A voz há de surgir quando estivermos a fazer outras coisas. Como é que podemos desaprender da melhor maneira?
12 julho
Segunda sessão: a personagem
Escrever é ser outros, ver o mundo de diferentes pontos de vista. O que é uma personagem? O que se descobre quando se passa para o lugar do outro? Como é que podemos ver as coisas sempre de novo?
Módulo II
19 julho
Terceira sessão: a história
Perceber a estrutura de uma história ajuda a saber como dar movimento às ideias e às imagens. E a achar-lhes o sentido primeiro, escrevendo a partir do fim. Como é que podemos iluminar cada pergunta?
26 julho
Quarta sessão: o diálogo
Escrever é escutar, e as histórias são movimentos de mudança e revelação. O que acontece quando duas histórias se põem à conversa? Como é que escrever nos pode tornar mais atentos ao mundo?
Módulo I: 50€
Módulo II: 50€
Módulo I + II: 80€
Inscrições: [email protected]
Limite: 14 lugares por módulo
Local: Brotéria
Os dois módulos podem ser frequentados independentemente.
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Jacinto Lucas Pires
Escreve livros, peças de teatro, filmes, música. O seu último romance, Oração a que faltam joelhos (Porto Editora, 2020), ganhou o Prémio John dos Passos. Durante a pandemia, saiu Doutor Doente, um livro de contos (Húmus, 2021). Mais recentemente, foi publicado um livro seu de não-ficção, Ser ator em Portugal (Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2022), e Faz diferença, um álbum ilustrado com texto de Jacinto Lucas Pires e ilustrações de Alice Piaggio (Bruaá, 2022).
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.
Sugestão Cultural Brotéria
Esta secção é da responsabilidade da revista Brotéria – Cristianismo e Cultura, publicada pelos jesuítas portugueses desde 1902.
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