Em memória do P. António Vaz Pinto - Ponto SJ

Em memória do P. António Vaz Pinto

Livro produzido pela Alethêia Editores foi lançado na passada quinta feira, dia 19 , na Igreja de São Roque, em Lisboa. Nesta obra constam vários depoimentos de pessoas que conviveram de perto com o jesuíta falecido em julho.

Livro produzido pela Alethêia Editores foi lançado na passada quinta feira, dia 19 , na Igreja de São Roque, em Lisboa. Nesta obra constam vários depoimentos de pessoas que conviveram de perto com o jesuíta falecido em julho.

Depoimentos sobre o P. António Vaz Pinto. É este o mote do livro que foi lançado na passada quinta feira, dia 19, na Igreja de São Roque, em Lisboa. Nesta obra produzida pela Alethêia Editores poderão ser encontrados inúmeros testemunhos de pessoas que conviveram de perto com o jesuíta que faleceu em julho do ano passado, entre os quais o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. No Prefácio que agora o Ponto SJ publica antecipadamente, Manuel Braga da Cruz e Zita Seabra explicam de onde surgiu a ideia e como se foi concretizando nestes meses.

 

PREFÁCIO

O P. António Vaz Pinto celebrou os seus 80 anos, com uma missa no Colégio de S. João de Brito, onde fora aluno, e onde viria a ser ordenado padre em 1975, reunindo à sua volta uma multidão de amigos. Antes do jantar que se seguiu, foi lançado o II volume  das suas memórias – História de Deus comigo – que ele, sintomaticamente, pressionou para que estivesse pronto nesse dia.

Para comparecer nessa celebração e festa, o P. António Vaz  Pinto teve já que contrariar opiniões médicas que o queriam impedir de estar presente. A sua homilia foi claramente uma despedida. Falou da sua vida e fez um balanço do caminho percorrido sublinhando sempre que apenas quis servir Deus.

Passados dois dias foi internado, não mais voltando a sair do hospital, onde morreu a 1 de julho de 2022.

A notícia da sua morte deixou consternados os seus muitos amigos. Apesar de repetir que a morte, para si, era apenas uma mudança de casa, o que é facto é que ela o separou dos seus muitos amigos, que tanto precisavam dele. Estará, por certo, a interceder por todos os que lhe votavam amizade e admiração, mas é humano que a separação seja sofrida com tristeza.

Logo após a morte, começaram a ser publicados alguns textos na imprensa sobre ele. Foi a reunião desses textos que fez surgir esta ideia de coligir mais depoimentos num pequeno livro de memória e de gratidão, que deixasse para a posteridade o quanto os seus amigos o estimavam, o que lhe deviam espiritualmente, o muito que ele fez como jesuíta, como orientador de exercícios espirituais, empenhado na pastoral da cultura e na pastoral universitária, e na ajuda aos mais necessitados, em suma, aos mais pobres.

Temos consciência que muitos outros depoimentos poderiam ser reunidos. É natural que venham a surgir e que sejam publicados. A urgência do tempo próximo levou-nos a publicar os que nos chegaram.

O que aqui reunimos contribuirá, por certo, para tornar mais conhecido e mais nítido o perfil da sua personalidade de eleição e da extraordinária obra que nos legou. Os textos que juntámos não esgotarão por certo todas as muitas facetas da sua vida, mas  contribuirão para preservar a memória e o conhecimento de alguém que marcou espiritualmente o seu tempo e os seus contemporâneos, de forma imperecível e viva.

Manuel Braga da Cruz
Zita Seabra

 

* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.