Em 1875, John William Draper descreveu a história da ciência como “a narrativa do conflito entre duas forças opostas: por um lado, a força expansiva da razão humana e, por outro, a força repressiva da fé tradicional e dos interesses humanos.” Esta narrativa de conflito ou guerra constante foi alimentada durante várias décadas, sendo, ainda hoje, dominante no imaginário popular. Apesar de alguns académicos terem proposto outras grelhas de leitura para a compreensão das relações entre ciência e religião, desde a separação até à complementaridade, a tese do conflito tem-se revelado hegemónica, sobretudo na esfera pública.
É este o ponto de partida para o curso que tem lugar nos dias 20 e 27 de novembro na Brotéria das 9h30 às 18h30. Centrado na historicidade da tese do conflito, este curso tem como principal objetivo a apresentação de alguns episódios selecionados da história da ciência ocidental, incluindo o ensino e a prática das ciências na Idade Média, o caso Galileu, e o debate em torno do evolucionismo.
Estes dias de formação são orientados por Francisco Malta Romeiras que é doutorado em História e Filosofia das Ciências pela Universidade de Lisboa e é investigador do Departamento de História e Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa. Os seus interesses de investigação incluem as relações entre ciência e religião, o ensino e prática das ciências nos colégios dos jesuítas, a história do livro e da censura, e a história da ciência em Portugal.
Para informações sobre o custo e programa destes dias e para se inscrever pode consultar a página da Brotéria.
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.
Sugestão Cultural Brotéria
Esta secção é da responsabilidade da revista Brotéria – Cristianismo e Cultura, publicada pelos jesuítas portugueses desde 1902.
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