Precisamos de emoção e amor ou o elogio da incompetência
Não é “obra do demónio”, mas também não nos leva a Deus, porque Este não nos criou para sermos inteligentes, mas para amarmos e sermos amados. Criou-nos para o Amor.
Não é “obra do demónio”, mas também não nos leva a Deus, porque Este não nos criou para sermos inteligentes, mas para amarmos e sermos amados. Criou-nos para o Amor.
Encontramos estes dois personagens há séculos, na nossa vivência de Fé, mas enquanto Igreja, o que me faz refletir, mais ainda, é como reagimos face a eles.
Se não formos capazes de olhar para estes irmãos com olhar fraterno e capacidade de compreender que ter Fé em Cristo é aceitar a Sua humanidade, de que modo teremos capacidade de O envolver em panos, de Lhe oferecer o nosso olhar amoroso?
Precisamos de equilíbrio, para que qualquer polaridade seja ultrapassada e, sobretudo, para que a Igreja, na sua diversidade inevitável encontre um meio termo entre o mais rígido tradicionalismo e o mais pseudomoderno “apimbalhado”.
O clericalismo, infelizmente, não é somente algo com raízes nos clérigos, mas igualmente em muitos cristãos leigos, que olham para os sacerdotes como aqueles que decidem sobre todos os âmbitos da sua vida cristã, pessoal e familiar.
Acredito, mesmo, que é importante e necessário valorizar a imperfeição humana, para que reconheçamos melhor e mais sabiamente a perfeição de Deus.
Ser cristão e afirmar a Fé no espaço público e no campo político não é gritar mais alto, afirmando vocalmente o que se crê ser.
O cumprimento escrupuloso de uma série de regras não leva a uma relação de confiança e amor. Eu, pessoalmente, não tenho nenhum amor pelo código da estrada e tenho que o cumprir todos os dias…
Um repórter questionou o cineasta benfiquista Artur Semedo, à entrada de um jogo de futebol, perguntando-lhe se «esperava ver um bom espetáculo». Respondeu: «Eu quero é que o Benfica ganhe. Quando quero ver um bom espetáculo vou à ópera!»
Neste período da história, torna-se mais acessível o uso dos meios que temos à nossa disposição para promoção pessoal, para nos auto gloriarmos, do que para dar testemunho da Fé em Jesus Cristo, ou para dar Glória a Deus.