Da Democracia em Portugal
Mais do que a descida do país em rankings internacionais de democracia e liberdade, é preocupante a causa desse sintoma: o ambiente cada vez menos democrático que se vive no nosso país.
Mais do que a descida do país em rankings internacionais de democracia e liberdade, é preocupante a causa desse sintoma: o ambiente cada vez menos democrático que se vive no nosso país.
Em 2020, a política orçamental de combate à crise económico-social decorrente da pandemia foi tímida e em alguma medida injusta. Infelizmente, há razões para crer que assim continuará em 2021.
O sobre-endividamento crónico da economia portuguesa evidencia um círculo vicioso entre fraca produtividade e défice de capital. Resolver problemas difíceis como este – tipo ‘ovo e galinha’ – requer propostas e debates bem fundamentados.
A grandiloquência e aparente abrangência da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica e Social de Portugal 2020-2030” não disfarçam a sua falta de fundamentação e de pragmatismo, nem validam as suas opções nucleares.
A proposta da Comissão na sequência duma iniciativa do eixo franco-alemão afastou o cenário de incapacidade total de resposta da União Europeia à pandemia. Infelizmente, a proposta é incerta, tardia, e burocratizante.
Conter a pandemia a todo o custo. Mitigar os efeitos económicos sobre os mais frágeis, sem pensar demasiado na fatura que virá a seguir. Conter ímpetos planificadores. Convocar toda a solidariedade internacional, nacional e local.
Conservar o verdadeiro, bom e belo apurados pelas gerações que nos antecederam. Na segurança dada por essa Civilização, escolher em liberdade o nosso próprio ser. Aqui está uma boa forma de definir o conservadorismo liberal.
O atual sistema fiscal foi, no essencial, estabelecido durante o Século XX. Entretanto, o mundo mudou radicalmente. Urge, por isso, discutir uma fiscalidade para o Século XXI; sobretudo no que respeita aos impostos sobre as empresas.
As Ordens profissionais são vistas como garante do bom exercício de certas profissões, em defesa do interesse público. Na verdade, são sobretudo barreiras à entrada nessas profissões que visam essencialmente defender os que já as exercem.
Não é razoável esperar um bolo maior e com sabor diferente se não mudarmos a receita. Redistribuir fatias de um bolo estagnado é muito menos justo do que fazer crescer o bolo em tamanho e sabor, dando fatias maiores e melhores a cada um.