Cultura: soft skill ou hardcore?
A melhor definição de cultura que conheço era (e é) repetida frequentemente pela minha mãe: “Cultura é o que fica quando esquecemos tudo o que aprendemos”.
A melhor definição de cultura que conheço era (e é) repetida frequentemente pela minha mãe: “Cultura é o que fica quando esquecemos tudo o que aprendemos”.
A vacina para esta epidemia já existe. Chama-se literacia mediática. Deve ser ministrada em doses generosas desde cedo, em casa e na escola.
Consciente ou não, a necessidade de cultura aumentou. Exprime-se na vontade de voltar a ser público, a ser espectador, a ser audiência, não apenas na própria casa mas nas casas próprias da cultura.
O que seria de nós nestes dias sem filmes, sem séries, sem música, sem livros, sem wikipedia, sem priberam, sem receitas de culinária, sem poesia?
A grande mensagem de Parasitas é talvez a da importância de ter planos. Quem não tiver planos está sujeito a que tudo lhe possa acontecer.
As notícias falsas têm a idade da imprensa. Acontece que os nossos tempos são mais interessantes, no sentido da maldição chinesa, devido à existência de media sociais que são ao mesmo tempo terreno adubado e amplificadores da desinformação.
Podia começar centenas de parágrafos com coisas preciosas que Chico Buarque nos deu, ao ritmo de mais do que uma por canção.
Os livros para a infância não são obrigatoriamente infantis nem as histórias e linguagem simples têm de ser simplistas ou, pior, simplórias. E há para aí muita coisa boa para ler.
“Pedro e Inês”, filme de António Ferreira que estreou a 18 de outubro, foi o filme português mais visto de 2018. Terá poucas hipóteses de ser suplantado entretanto, até porque o ano está quase a acabar.
Dizem algumas correntes de estudos do Património que “Património” devia ser um verbo e não um nome. Assim possa ser entendido com olhos desempoeirados e desassombrados.