O Círculo nasce de uma vontade de descentralizar a arte e a produção artística; de dar tempo e espaço para os jovens pensarem, discutirem e criarem. Concretiza-se, na prática, num ciclo de Residências Artísticas, em Cernache; mas pretende ser mais que isso. O Círculo, acima de tudo, procura incentivar o pensamento, o diálogo e a produção.
Destinado a jovens artistas entre os 20 e os 35 anos, o Círculo acolhe até seis jovens autores, com o propósito de se dedicarem à prática artística. Durante dois meses, cada Residência oferece condições para os autores, selecionados a partir de candidaturas, pensarem, partilharem e produzirem arte. É identidade do Círculo entusiasmar a partilha de saberes e aprendizagens, por isso, a cada artista-residente é associado um tutor que acompanha e auxilia no desenvolvimento dos projetos artísticos. Ainda na partilha de saberes, decorrem conversas abertas destinadas ao debate de temas atuais para o pensamento e a prática artísticas, com convidados relevantes nas diversas áreas.
O Círculo aposta, também, na dimensão comunitária como ferramenta de crescimento e partilha de aprendizagens. Ao longo da Residência, os artistas-residentes partilham a casa, os ateliers e outras áreas comuns, fomentando o encontro e o diálogo. O Círculo acredita que a experiência comunitária tem um impacto positivo na produção e no desbloqueio artísticos.
A acompanhar o desejo de produção do Círculo está a sua intenção de exposição e de contato com o exterior. Cada Residência termina com uma apresentação pública dos projetos e trabalhos desenvolvidos ao longo do Círculo, proporcionando a relação entre o artista e o espectador.
A identidade e intenções do Círculo estão muito alinhadas com o propósito traçado para a Quinta da Companhia de Jesus em Cernache (antigo Colégio Apostólico da Imaculada Conceição). Pela partilha identitária, a localização descentralizada e todo o espaço natural circundante, é o local ideal para o Círculo assentar.
No passado dia 14 de outubro, começou a Residência Zero do Círculo. Constituem a equipa permanente do Círculo: João Pedro Filipe (curador) e P. Duarte Rosado, SJ, na direção artística e formativa, e Isabel Sousa Guedes e P. Samuel Beirão, SJ, na direção administrativa e financeira. O Círculo tem como parceiros o Museu Nacional de Machado de Castro e a Brotéria e como conselheiros Tomás Cunha Ferreira e Filipe da Costa Lima. Esta Residência-piloto conta com a participação de quatro artistas: Francisca Espregueira (artista plástica), Simão Townshend (músico), Teresa Esteves da Fonseca (poetisa, escritora, música) e Teresa Príncipe (artista plástica – joalharia). Os respetivos tutores desta primeira edição são Maria Leal da Costa, Pedro Abrunhosa, Henrique Raposo e Tomás Abreu. Ao longo destes dois meses, há três Conversas no Círculo: Arte e produção artística (22 out, 18h30) com Mafalda d’Oliveira Martins e Xavier Ovídio; A religião e a arte (5 nov, 18h30) com Sandra Costa Saldanha e Nuno Branco, SJ; Olhar o espectador (19 nov, 18h30) com Paulo Pires do Vale e Filipe da Costa Lima. Todas as conversas decorrem na Quinta de Cernache. Para fechar a Residência, a apresentação pública inaugura no dia 13 de dezembro, em hora e local a anunciar.
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