Os começos
Passaram em Novembro vinte anos sobre o começo da atividade da Tenacitas, com a edição de “O Olhar e o Ver”, de Vasco Pinto de Magalhães. Com esta oportunidade, pareceu-me que poderia ter interesse para os leitores dos livros da editora partilhar com eles algumas memórias desses anos e fazer um balanço, ou avaliação, deste tempo, algo que aprendi com os jesuítas que deve ser feito regularmente.
Tudo começou com a minha participação, nos anos da universidade, nas atividades do CUMN, o centro universitário dos jesuítas em Coimbra. Todos os anos se organizava uma feira do livro católico, em várias faculdades, por ocasião da realização dos encontros Fé e Cultura, promovidos pelo CUMN na Universidade de Coimbra. Nessa altura, eu e outros estudantes acompanhávamos o Pe. Vasco a Braga, para trazer livros da Editorial AO, e de outras editoras, para esta feira.
Em 1993, com a Ir. Maria Fernanda Bourbon, secretária e esteio do CUMN durante muitos anos, organizei um livro dedicado a um grande jesuíta, mestre de Exercícios (e muito nosso amigo), o P. José Craveiro: “Na Vida Espiritual Não Há Linha Recta”, editado pelo AO (com a ajuda do P. Alberto Brito). Foi uma alegria extraordinária colaborar na edição deste livro, a que volto sempre na minha vida…
Fiquei desde então com este gosto pela edição, que já tinha muito antes pelos livros… Mais tarde, depois de concluir o curso de Direito, que nunca me entusiasmou, pensei começar uma editora católica, tendo como referência António Alçada Baptista e a sua editora, a Moraes, pelos seus valores de humanismo cristão e pela qualidade dos livros que editou. Na minha opinião, esta foi uma das melhores editoras católicas portuguesas, e fundada por um leigo, apesar dos poucos anos de atividade que acabou por ter. Sabia, claro, que nunca poderia alcançar o que Alçada Baptista conseguiu como editor fazer tão bem, mas tive sempre presente esta experiência e as reflexões que fez sobre ela no seu livro “Peregrinação Interior”.
Falei com o P. Vasco e propus-lhe editar um livro com textos seus. Ainda o estou a ver no seu gabinete de mestre de noviços, no velho edifício do CUMN e do noviciado, na Couraça de Lisboa, em Coimbra, a olhar-me algo céptico face à minha proposta, mas, com a amizade e a paciência de sempre, lá reuniu vários textos manuscritos, e outros, e entregou-me. Passados uns meses, em Novembro de 1999, era lançado, na famosa sala Teilhard, do CUMN, o primeiro livro do P. Vasco: “O Olhar e o Ver”. Foi um enorme êxito, tendo esgotado rapidamente e fazendo-se sucessivas reedições. Ficámos ambos surpreendidos, o P. Vasco e eu, mas o êxito repetiu-se muitas vezes com os outros livros seus. E assim surgiu a Tenacitas.
O P. Vasco é o autor mais emblemático da editora, aquele de que publiquei mais livros e o de maior sucesso no conjunto da sua obra. Além disto, foi o principal apoio da Tenacitas ao longo destes vinte anos. Em todas as circunstâncias, mesmo as mais difíceis, sempre contei com ele, com o seu conselho, a sua generosidade e a sua amizade. Poderia dar tantos exemplos…
As marcas jesuíticas, e muito características do P. Vasco, que recebi da minha formação inaciana nos anos do CUMN e procurei seguir na Tenacitas foram, por um lado, a abertura e a inteligência na relação Fé e Cultura, que devem estar presentes no trabalho de uma editora católica e nos livros que publica, e, por outro, o discernimento permanente, procurando em cada momento neste trabalho o serviço mais adequado aos valores do Evangelho e à sua comunicação. Sei que não o consegui muitas vezes, mas pelo menos nunca desisti de tentar.
O livro que editei a seguir foi também de um jesuíta, sugerido pelo P. Vasco, desta vez numa conversa no seu novo gabinete de mestre de noviços, na quinta do Loreto, também em Coimbra: o romance histórico sobre a vida de Santo Inácio, “O Cavaleiro das Duas Bandeiras”, de Pedro Miguel Lamet, que acabara de sair em Espanha e lhe tinha sido oferecido pela Ir. Ania Ramires. Foi outro notável êxito da Tenacitas, e sucederam-se muito mais livros do P. Pedro Lamet, que foram outros tantos êxitos: romances históricos sobre a vida de santos jesuítas, como “Francisco Xavier, O Aventureiro de Deus”, e figuras do Evangelho, como “As Palavras Caladas, Diário de Maria de Nazaré”; ou a melhor biografia do P. Pedro Arrupe, que tive a alegria de co-editar com o AO. O P. Pedro Lamet é, desde então, um dos principais autores da editora e um grande amigo.
A estes dois livros seguiu-se aquele que seguramente é um dos maiores best-sellers da edição católica em Portugal, “O Príncipe e a Lavadeira”, de um terceiro jesuíta, o P. Nuno Tovar de Lemos. Talvez nada expresse melhor o extraordinário sucesso deste livro do que aquilo que me disse uma vez um trabalhador da gráfica de Salamanca, onde se imprimiram tantos exemplares das várias edições de “O Príncipe e a Lavadeira”: “Es que todo Portugal ya tiene este libro!”. Foi, para mim, um orgulho ter contribuído, ao editar esta obra, para que a missão e o talento de comunicação do P. Nuno chegassem ainda a mais pessoas.
E sucederam-se as edições de outros livros. Graças aos meus amigos Joaquim Pedro Cardoso da Costa e António Araújo, a Tenacitas editou livros de Marcelo Rebelo de Sousa, Diogo Freitas do Amaral, João Bénard da Costa ou Francisco Sarsfield Cabral; dos grandes mestres de Coimbra, Paulo Merêa e Rogério Soares; ou de Hannah Arendt, Gustavo Zagrebelsky, David Hume, Benjamin Constant, Gaetano Mosca, etc. Abriu-se deste modo outro campo da Tenacitas: de história, direito e ciência política.
Alguns momentos marcantes dos primeiros anos da editora foram a edição de vários livros de Joseph Ratzinger, quando foi eleito Papa, em 2005; os livros das conversas na Renascença do P. Vasco com Henrique Manuel Pereira, um excelente profissional de rádio, seguidas semanalmente por milhares de pessoas; os livros de espiritualidade de outro conhecido jesuíta, o P. Luís Rocha e Melo, que também conheci no CUMN, e que se devem à dedicação de Matilde Paes Parente.
Foram também marcantes a edição das magnificas obras de direito e história “A Lei de Salazar” e “Sons de Sinos”, de António Araújo; o livro monumental sobre Guilherme Braga da Cruz e a sua obra, que tive o gosto de organizar com Gonçalo Sampaio e Mello; a biografia de “Isaac Abravanel”, umas das figura mais notáveis da comunidade judaica portuguesa, de Benzion Netanyahu; o best-seller “Interrogações à Justiça”, um livro-entrevista a dezenas de juízes; o livro de investigação “Um Cientista Português na Alemanha Nazi”, de José Pedro Castanheira; o livro de memórias “Marca d’ África”, de Luiza Bobone, etc., etc.
É justo ao falar dos livros da área não religiosa da editora referir em especial António Araújo: um dos autores de quem publiquei mais livros, que me ajudou a editar muitos outros, e a quem devo imenso, praticamente desde o princípio e até hoje, pela sua inteligência, cultura e generosidade.
E assim foi crescendo esta aventura…
Ao colaborar com estas diferentes realidades eclesiais, a Tenacitas enriqueceu a sua experiência e seu catálogo editorial, e pôde prestar ao longo dos anos este serviço à Igreja.
A colaboração com várias realidades eclesiais
Surgindo num meio ligado à Companhia de Jesus (além das raízes no CUMN, da minha formação inaciana e dos autores jesuítas que publiquei, pertenço a uma família muito “jesuítica”: o meu avô paterno tinha três irmãos jesuítas, sendo um deles, o meu tio-avô Cândido, um dos fundadores da Brotéria; e o meu pai, além destes tios, tinha dois primos jesuítas), a Tenacitas cedo começou a colaborar com outras realidades eclesiais no trabalho de edição. A colaboração com estas realidades, que aconteceu sempre de forma inesperada, tornou-se uma dimensão essencial da editora.
Esta nova dimensão da sua atividade teve início com o Movimento Comunhão e Libertação, em 2006. Tive a alegria de editar em Portugal vários livros do seu fundador, o sacerdote italiano Luigi Guissani, cuja obra descobri fascinado, como católico e editor, através do Pe. João Seabra e de Maria do Rosário Lupi Bello, coordenadora das edições do CL. O primeiro livro que publicámos de Giussani foi “O Caminho para a Verdade É uma Experiência”, que reúne alguns dos seus escritos mais antigos como educador da fé, a que se sucederam outros, utilizados para estudo e reflexão dos membros do CL nas Escolas de Comunidade.
A relação com o CL imprimiu uma marca forte à editora, acolhendo valores importantes do carisma de Giussani: o amor à tradição da Igreja e o reconhecimento do Mistério cristão no quotidiano das pessoas e na cultura, nomeadamente através da literatura. Neste contexto, surgiu uma nova coleção, chamada “As Minhas Leituras” (do título de um dos livros de Giussani, que integra esta coleção), em que publicámos obras de autores como T. S. Eliot, Emmanuel Mounier, Gilbert Cesbron.
Do P. João Seabra editei, em 2017 e 2018, dois belos livros de homilias: “Testemunhas de um Facto. Percurso de Natal” e “Enraizados na Certeza. Percurso de Páscoa”. O P. João é certamente umas das personalidades mais impressionantes que conheci no meu trabalho de editor, e de quem fiquei muito amigo.
A partir de 2007 e 2012, respectivamente, a Tenacitas passou a colaborar com duas importantes ordens religiosas da Igreja, franciscanos e dominicanos, editando duas coleções, além de outros livros, para estas instituições.
Para a Ordem Franciscana, a Tenacitas publicou em Espanha, onde vivo há quase vinte anos, a coleção “Estudios Franciscanos”, dirigida pelo meu amigo capuchinho Frei Jaime Rey, então diretor da Escuela Superior de Estudios Franciscanos, de Madrid, publicando obras em espanhol de autores bem conhecidos ali, como Fernando Uribe, Enrique Rivera, Alejandro Villamonte.
A colaboração com os franciscanos continuou em Portugal, através do professor da Universidade Católica, Frei Isidro Lamelas, e dos livros que a Tenacitas editou com ele, nomeadamente os escritos fundacionais das Irmãs Franciscanas da Divina Providência, uma jovem e dinâmica congregação portuguesa, hoje presente com uma ação missionária e caritativa em três continentes.
Para a Ordem Dominicana, a editora publica a coleção “Biblioteca Dominicana”, dirigida pelo professor da Univ. Católica e provincial dos dominicanos, Frei José Nunes, e que inclui livros e textos de Francisco de Vitória, Bartolomé Las Casas, Humberto de Romans, Henri Lacordaire, Marie-Joseph Lagrange, etc. Neste trabalho, contei com a ajuda de dominicanos de Salamanca, professores de Teologia no histórico convento de San Esteban.
Franciscanos e dominicanos ajudaram-me, com os elementos dos respectivos carismas, a perceber melhor aspectos que se refletem no trabalho de uma editora católica: os franciscanos, a importância da simplicidade, da transparência e da afetividade na comunicação da mensagem cristã; e os dominicanos, a importância de pensar cuidadosamente os fundamentos dos conteúdos que se querem transmitir para alcançar uma comunicação mais eficaz.
Além destes aspectos, franciscanos e dominicanos recordaram-me o que deve ser óbvio para um editor católico: o livro mais importante é a Palavra de Deus; e é desta fonte que, de um modo ou de outro, deve brotar todo o seu trabalho.
Foram também importantes a colaboração com a Instituição Teresiana, uma associação laical de origem espanhola, fundada por S. Pedro Poveda no séc. XX, e as contemplativas da Ordem da Visitação, fundadas por S. Francisco de Sales em França no séc. XVII, e que têm atualmente três mosteiros em Portugal. Com as teresianas e visitandinas, editámos vários livros sobre a história de ambas as instituições e de espiritualidade.
Ao colaborar com estas diferentes realidades eclesiais, a Tenacitas enriqueceu a sua experiência e seu catálogo editorial, e pôde prestar ao longo dos anos este serviço à Igreja. Devo dizer que, para mim, também foi pessoalmente enriquecedor: em todas estas instituições fiquei com muitos amigos, a quem estou agradecido.
Valeu a pena o trabalho destes vinte anos, os bons e os maus momentos, para editar estes livros e chegar da melhor maneira possível ao público.
Um balanço
Depois das memórias, que balanço fazer destes anos?
Valeu a pena o trabalho destes vinte anos, os bons e os maus momentos, para editar estes livros e chegar da melhor maneira possível ao público.
Valeu a pena apostar na qualidade dos livros editados e em revelar autores, portugueses e estrangeiros, que eram desconhecidos entre nós. Alguns deles, portugueses, e dos mais importantes, nem sequer se imaginavam como autores… Outros eram muito conhecidos em Espanha, mas quase desconhecidos em Portugal. A prova foi o êxito de muitos desses livros.
Valeu a pena cuidar o melhor possível dos livros, nomeadamente no rigor do trabalho de edição dos textos e na qualidade das traduções.
Valeu a pena apostar no design dos livros. Desde o início, pareceu-nos evidente que era fundamental cuidar bastante do grafismo dos livros, tarefa que têm realizado brilhantemente a minha prima Madalena e o meu sobrinho Miguel.
Valeu a pena teimar em distribuir os livros em todas as livrarias, religiosas e não religiosas. Há vinte anos era muito difícil ou impossível ver habitualmente livros religiosos nas livrarias comerciais, nomeadamente em grandes cadeias como a Bertrand e a FNAC, exceto livros do Papa e de pouco mais autores. Embora se pudessem ver nessas livrarias livros de auto-ajuda, esoterismo, yoga, etc. Desde o início, a Tenacitas esteve presente em todas as livrarias, e penso que em algo contribuiu para que esta realidade hoje seja muito diferente.
Mas também há aspetos que não correram tão bem ou que são mesmo frustrantes e negativos…
Como é constatar a amarga experiência que qualquer editora católica portuguesa acaba, mais cedo ou mais tarde, por fazer: entre nós, é praticamente impossível ter um catálogo de teologia e espiritualidade, rico e diversificado, de autores portugueses e estrangeiros, como existem em países como Espanha, França ou Itália. O nosso país é pequeno e não há leitores suficientes para se poder editar de forma sustentada esses livros. É uma pena que seja assim…
Como são as dificuldades crescentes que enfrenta uma pequena editora, dedicada sobretudo à edição católica: o aumento dos custos de funcionamento, de produção e de impostos; a diminuição em geral dos leitores e das vendas (embora com algumas exceções); a lógica economicista, implacável, que asfixia esta atividade, ao aumentarem-se ainda mais as margens comerciais das principais livrarias, o alargar dos prazos de pagamentos destas, o desaparecimento de livrarias, etc., etc.
Por estes motivos, a Tenacitas tem agora de repensar-se e modificar alguns aspectos na sua estrutura e presença no mercado da edição. Daí a recente decisão de transmitir os livros de autores jesuítas que tem editado à Editorial AO. Foi uma decisão difícil, mas que me dá a satisfação de saber que estes livros vão continuar, deste modo, a estar à disposição do público, e pela melhor editorial que o poderia fazer, com a qual sempre tive excelentes relações. Agradeço, assim, ao diretor do AO, Pe. António Valério, ter acolhido esta proposta e tudo aquilo que tem feito para colaborar com a Tenacitas nesta nova situação.
Agradecimentos
Para concluir, gostaria de agradecer, neste momento de memória e de balanço, às pessoas e instituições que foram fundamentais para que a Tenacitas aparecesse e se consolidasse, nomeadamente: Vasco Pinto de Magalhães, Pedro Miguel Lamet, Nuno Tovar de Lemos, Alberto Brito, João Seabra, António Araújo, Joaquim Pedro Cardoso da Costa, Henrique Manuel Pereira, Maria do Rosário Lupi Bello, Matilde Paes Parente, Jaime Rey, Isidro Lamelas, José Nunes, Odília Madaíl, Gonçalo Sampaio e Mello; à Companhia de Jesus e ao AO, à Comunhão e Libertação, à Ordem Franciscana/Capuchinhos, à Ordem Dominicana, à Instituição Teresiana, à Ordem da Visitação e às Irmãs Franciscanas da Divina Providência.
Deveria acrescentar aqui o nome de todos os autores e outras pessoas que colaboraram com a Tenacitas, mas a lista seria extensa. A todos, agradeço muito!
Mas não posso deixar de mencionar e agradecer:
A excelentes tradutores, como Sofia Costa e Silva, Fátima Ragageles, Rosário Castro Pernas, Ana Coimbra Gonçalves, Ana Corrêa da Silva, Isaías Hipólito.
A excelentes designers, como a Madalena e o Miguel.
A excelentes paginadores, como o António Ágreda e a Margarida Baldaia.
A dois excelentes profissionais dos livros, nas áreas da gestão e da comercialização: o jesuíta Irmão Américo Nunes, que foi administrador do AO e com quem aprendi tanto; e o dominicano Frei José Geraldes, diretor de uma das mais conhecidas livrarias religiosas do nosso país, a Verdade e Vida, de Fátima, com quem sempre contei, especialmente nos momentos difíceis. E, representados neles, a todos os bons professionais das livrarias com que trabalhei e que são muitos.
À Imprenta Kadmos de Salamanca ̶ aos seus responsáveis, Lucínio López, Vicente García, Miguel Horcajo e Jesús Pardilla, e a todos os trabalhadores ̶ , onde imprimi quase todos os livros da editora, trabalho realizado sempre com a maior qualidade e eficácia.
Aos atuais e anteriores diretores de centros universitários dos jesuítas, o CUMN, o CUPAV e o CREU, que abriram as portas à Tenacitas para apresentar, divulgar e vender os seus livros: Nuno Tovar de Lemos, Carlos Azevedo Mendes, Miguel Gonçalves Ferreira, João Goulão, Carlos Carneiro, Filipe Martins, Nuno Branco.
Aos diretores, diretoras e colaboradores, ao longo destes anos, das casas de retiros dos jesuítas e das Irmãs ACI. A Maria João Luz, do CUPAV, e a Luísa Utra Machado, do CL.
Gostaria também de agradecer aqui a várias pessoas da minha família: aos meus pais e irmãos, que, por diversos modos, acompanharam sempre este trabalho (recordo como um dos momentos mais emotivos da minha atividade, a edição de um livro de fotografias, humanitárias e de grande beleza, que o meu pai fez em Angola, quando ali esteve como médico militar no princípio dos anos sessenta: “O Sítio Onde se Está”); à Esther, a minha mulher, “co-editora” de facto da Tenacitas; e aos nossos filhos, o Ignacio e o Pablo, que, entre outras coisas, são os melhores vendedores dos livros da editora (em férias, claro).
E, finalmente, agradeço aos milhares de leitores que os livros editados pela Tenacitas tiveram ao longo destes vinte anos. Sem eles, não teria sido possível esta aventura!
Dou muitas graças a Deus por tudo o que se conseguiu fazer!
Voltou-se uma página da Tenacitas, mas, ainda que de outro modo, “a aventura continua”, assim me escrevia há dias o P. Vasco…
Nota do autor sobre fotografia de capa: Nesta fotografia estão algumas das pessoas que conheci no CUMN, há mais de vinte anos. Foi da sua amizade que surgiu a Tenacitas
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.