Este ano ando a bater nesta tecla, na esperança de contagiar o maior número de pessoas com a minha mais recente descoberta: o prazer de celebrar a casa em que vivemos. Não naquela versão consumista, do “vamos comprar mais coisas para que tudo fique ‘de revista’”, mas no sentido da Ação de Graças, por tudo o que tem acontecido desde que nos acolhemos debaixo daquele teto, de homenagem a todos os que fizeram parte dela e que já não estão (fisicamente) entre nós.
Por aqui, juntámos os neurónios de filhos e netos para inventar uma festa destinada a celebrar os 18 anos da nossa — afinal, a partir de agora, como dizia aos mais pequenos, a casa já pode votar, tirar a carta…
Juntos decidimos quem queríamos convidar — o critério não foi necessariamente de parentesco, mas sim daqueles que conhecem os cantos à casa, ao longo das várias gerações —, e juntos também decidimos que era obrigatório que fosse uma festa feita por todos, não daquelas banais, prontas a servir.
E assim foi. Enquanto alguns cozinharam, outros prepararam as bebidas,os centros de mesa, os discursos (fundamentais) e a animação. Novos e velhos criámos mais memórias, mais sentido de pertença, chorámos e rimos. Quanto à casa, tenho a certeza que ficou feliz.
Consegui convertê-lo? Agosto e setembro são meses fantásticos para pôr a minha ideia em prática!
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.