Há cinquenta anos, abria as suas portas, em Lisboa, o Museu Calouste Gulbenkian, integrado no edifício-sede e parque da Fundação Calouste Gulbenkian, seguindo as disposições do seu epónimo – Calouste Sarkis Gulbenkian. “Art on Display – Formas de Expor 1949-69” é a exposição que tem como ponto de partida esta efeméride, mas que pode ser entendida de forma autónoma como referem, no catálogo da exposição, os curadores Penelope Curtis e Dirk van den Heulven.
Apesar de estarem expostas cerca de 80 obras de arte, provenientes da coleção da Fundação que nem sempre estão ao alcance do público, o ponto diferenciador desta mostra está na familiarização dos visitantes com a prática museológica. O foco não está na obra de arte em si, mas sim na concepção de “formas de expor”, o que é visível ilustrado através de fotografias de arquivo, desenhos museográficos e réplicas de exposições temporárias e permanentes, idealizadas entre 1949 e 1969.
O foco não está na obra de arte em si, mas sim na concepção de “formas de expor”, o que é visível ilustrado através de fotografias de arquivo, desenhos museográficos e réplicas de exposições temporárias e permanentes, idealizadas entre 1949 e 1969.
Seja através de cavaletes que lembram o ambiente de criação artística, seja mergulhando em estruturas labirínticas ou mesmo sentando nas confortáveis cadeiras “Tripolina”, o visitante é convidado a experienciar diferentes formas de interação com a obra de arte.
Em sete núcleos diferentes, entre a Galeria Principal e a entrada do Museu, são evocados arquitetos e designers como Franco Albini e Franca Helg, Carlo Scarpa, Lina Bo Bardi, Aldo van Eyck, Alison e Peter Smithson, através da reprodução de algumas das suas soluções expositivas. Através desta recriação, são confrontadas soluções expositivas clássicas, em voga nos anos 50 – época em que foi concebido o projeto museográfico da Gulbenkian-, oriundas de Itália com outras mais interativas e disruptivas que surgiram uma década mais tarde quando foi inaugurado o Museu, provenientes dos Países Baixos e do Reino Unido. Esta é uma oportunidade imperdível de reflexão e interpelação sobre o efeito que a arte expositiva tem na experiência estética e na interação com a obra de arte.
Informações úteis:
Local: Av. de Berna, 45A, Lisboa (Mapa Google)
Horário:
sex / 10:00 – 21:00; seg, qua, qui, sáb,
dom / 10:00 – 18:00;
Encerra à Terça-feira.
Visitas orientadas: sábados às 15h (informação aqui)
Preços:
Bilhete normal – 5€ (Comprar aqui)
Entrada gratuita para portadores de cartão de estudante sextas a partir das 18:00.
Contactos:
Visitas para escolas e grupos organizados
Mediante marcação prévia
217 823 800 (dias úteis das 10:00 às 13:00)
[email protected]
Mais informações
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Fotografia: A. Villani & Figli. Fondazione Franco Albini, 29/24 © Fondazione Franco Albini. D.R. (do site da exposição)
* Os jesuítas em Portugal assumem a gestão editorial do Ponto SJ, mas os textos de opinião vinculam apenas os seus autores.
Sugestão Cultural Brotéria
Esta secção é da responsabilidade da revista Brotéria – Cristianismo e Cultura, publicada pelos jesuítas portugueses desde 1902.
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