O mais recente número da Brotéria, datado de setembro, aborda vários temas relacionados com a atualidade política, social, religiosa e cultural.
No que diz respeito ao atual contexto político, Jorge M. Fernandes analisa a última legislatura e debruça-se sobre o presente momento eleitoral referindo que “a anunciada crise demográfica, o interior e os fogos, a emigração de milhares e milhares de jovens não são pensados com seriedade pelos partidos.” Por seu lado, Álvaro de Vasconcelos escreve em defesa da Democracia Liberal para refereir que “a emergência do populismo identitário representa uma ameaça grave e séria à democracia liberal que, depois de um período de rápida expansão impulsionada pela revolução portuguesa de 25 de Abril de 1974”. Finalmente Rui Oliveira pergunta se ainda vale a pena falar de ideologia, analisando a dicotomia entre a esquerda e a direita.
No que se refere à atualidade religiosa, vários temas são merecedores de atenção: o Sínodo para a Amazónia, a exortação Christus Vivit (Cristo Vive) do Papa Francisco e o recente documento da Comissão Teológica Internacional “A Liberdade Religiosa para o Bem de Todos”. Quem ler a revista poderá ainda encontrar um tributo ao filósofo Jean-Louis Chrétien, recentemente falecido, uma reflexão sobre a temática do perdão partindo da sua presença em obras literárias, e no cinema ficar a conhecer com detalhe a história e o significado dos cálices românicos de Alcobaça que integram a coleção do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
No caderno cultural da Brotéria, para além das habituais recensões de livros e comentários a filmes e exposições, é possível encontrar pela primeira vez breves apontamentos críticos a duas séries da Netflix: Mindhunter (Sem explicação) feito por Carla Quevedo e The Handmaid’s tale escrito pelo P. Frederico Cardoso de Lemos, sj.