Será esta a esperança que não engana?
A esperança é o alargamento da estreiteza: o espaço completo. A esperança é a recusa da parcialidade. E se essa parcialidade é uma forma de egoísmo, o que há-de resgatar-nos é essa ferida rasante da completude.
A esperança é o alargamento da estreiteza: o espaço completo. A esperança é a recusa da parcialidade. E se essa parcialidade é uma forma de egoísmo, o que há-de resgatar-nos é essa ferida rasante da completude.
Numa sociedade polarizada, numa Igreja que reflete aquilo que a circunda, precisamos – preciso – de ser menos sectários e de deixar de lado as nossas – minhas – obsessões. Não é só no exterior da Igreja que há muito individualismo.
A disputa, dissensão e confronto são fundamentais. Parece-me tremendamente nocivo e pouco cristão, uma cada vez mais frequente tendência ao consenso de palavras decorativas que só acabará se não houver medo de ser intranquilo ou impaciente.
O pão estendido sobre as águas desfaz-se. O pão ainda entrelaçado, aos dedos do Senhor, é o laço da poeira feita corpo e carne. O-sempre-presente é o que torna cada elemento lugar de passagem.
Na verdade, a declaração pretende levar até ao fim uma das mais importantes intuições do cristianismo: a diferença entre ato e pessoa. A ideia segundo a qual se “odeia o pecado, mas se ama o pecador”.
Contra os juízos precipitados, tal como no romance de Rulfo, o “papel” da cultura – se tal coisa existe, de facto – é condenar à insónia.
O objetivo é identificar os termos “potencialmente ofensivos” de diversas obras de arte, nomeadamente literárias, para assim ser possível lancetar qualquer demoníaca insinuação que possa surgir na imaginação de leitores mais débeis.
Bento XVI é um pensador radical porque nunca quis ser imparcial, na pior asserção da palavra, pondo a descoberto tanto o perigo de uma posição desapaixonada, como o engano patente na idolatria do apartidarismo.
O mundo e o pensamento diagonal serão, portanto, a denúncia da domesticação; da vida que não tem de ser, necessariamente, consecutiva e consequente; da vida, que não se tem que se circunscrever a um só plano.
Harry Styles obriga a orientar o olhar para a vida exterior, desmitificando o lugar-comum que liga a verdade da vida a uma existência de separação e distância, numa determinada linha incontaminada face ao mundo.