Pessoas que não se perdem
Despedimo-nos delas, mas não as perdemos. De facto, sabemos muito bem onde elas estão: dentro de nós, à boleia do nosso sangue quente, suportadas por algumas das nossas manias, que, maravilha, se mostram hereditárias.
Despedimo-nos delas, mas não as perdemos. De facto, sabemos muito bem onde elas estão: dentro de nós, à boleia do nosso sangue quente, suportadas por algumas das nossas manias, que, maravilha, se mostram hereditárias.
Só que os livros são bons (melhores do que nós), e perdoam-nos sempre — até mesmo quando passam uma semana inteira esquecidos num saco de pano. A nós, a praia sabe-nos sempre bem. Aos nosso livros, nem sempre.
As respostas que procuramos estão nos livros que lemos e nos que esperam o conforto das nossas mãos. Vejam: andamos com as soluções para os nossos problemas debaixo dos braços. Desde sempre.
Para esta semana, a Brotéria traz-nos o livro que valeu à sua autora, Elizabeth Strout, o prémio Pulitzer de ficção, e cuja história foi adaptada para uma minissérie da HBO.